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Texto: ReB Team
Fotografia: Cristiana Morais
Publicado a: 13/07/2023

De Van Zee a Dino D'Santiago.

9 concertos a não perder no Summer Opening’23

Texto: ReB Team
Fotografia: Cristiana Morais
Publicado a: 13/07/2023

Nos próximos dois fins-de-semana há Summer Opening no P. de Santa Catarina, Funchal. A 10ª edição do certame arranca amanhã, 14 de Julho, e estende-se aos dias 15, 21 e 22. No total, passam 20 nomes pela grande montra madeirense e os bilhetes estão à venda em três modalidades distintas — diário (39 euros), bidiário (59 euros) e passe geral para os 4 dias (89 euros).

Como sempre, a aposta nos artistas nacionais é o grande trunfo do festival. A música urbana — dos balanços africanos ao hip hop e ao r&b — ocupa grande parte do cartaz e, desse lote, o Rimas e Batidas selecciona 9 nomes a ter em conta ao longo do evento. O número poderia ser maior e abranger praticamente todo o alinhamento, com destaque para concertos de gente bem vincada no panorama português, como são os casos de Dillaz e Bárbara Bandeira. De fora chega-nos ainda as vozes brasileiras de Jovem Dionisio e Greg Ferreira.


[Ivandro]

Em Dezembro do ano passado, Ivandro confessava-nos a vontade de atingir a meta do milhão de ouvintes mensais no Spotify e o sonho não demorou muito a concretizar-se. Pudera: a sua “Lua” continua a iluminar muitos corações e, só nos últimos meses, passou pelo Festival da Canção e ajudou a dar vida a três importantes singles — primeiro ao lado de Julinho KSD em “Chakras”, servindo depois dose dupla na companhia de Bispo através de “Placas” e “Barco”.


[Van Zee]

Do nome mais “quente” desta lista passamos para aquele que, provavelmente, poderá ser o menos conhecido do público em geral. A música de Van Zee escuta-se, principalmente, em Portugal Continental, mas as raízes madeirenses fazem prever ânimos redobrados naquele que será um novo concerto do rapper na terra que o viu crescer. “Para Casa” é o seu mais recente tema em nome próprio, mas o seu output em 2023 contempla ainda “Senti Tanto” e “underwater”, este uma colaboração com FRANKIEONTHEGUITAR e Diogo Piçarra.


[LON3R JOHNY]

Porsche Turbo? Porsche Turbo! Velocidades proibitivas e vertiginosidade são condimentos que não têm faltado aos espectáculos de LON3R JOHNY, um dos artistas com um conceito mais vincado dentro da cultura trap no nosso país. A sua cotação? Está em altas: depois de viver a Vida Rockstar em 2022, protagonizou uma das duplas mais inesperadas dos últimos tempos dentro do hip hop nacional, ao dividir ANTI$$OCIAL com Plutonio.


[Pongo]

Sakidila já comemorou o primeiro aniversário e isso significa que estamos há mais um ano sem sermos brindados com nova música assinada por Pongo. Conhecendo a sua postura em palco, a ausência das edições deverá provocar zero problemas à audiência, já que o seu álbum de estreia está munido de uma larga quantidade de TNT sonoro que funciona ao vivo na perfeição: “Hey Linda”, “Kuzola”, “Wegue Wegue” e “Bruxos” (a faixa que levou até ao A COLORS SHOW há um par de anos) vão certamente fazer bater muitos pés no chão.


[Dino D’Santiago]

Rosto da resiliência e instigador da união, Dino D’Santiago é nos dias que correm muito mais do que um mero cantor. O quarteirense remou tanto no mar da indústria que conseguiu escancarar umas quantas portas e agora está a ajudar vários outros artistas negros a conseguirem ter mais oportunidades de carreira — do contrato de trabalho que ofereceu a Berlok à co-fundação da Lisboa Criola, plataforma que festejou recentemente a música de herança africana através de uma extensa programação enquanto Jardim de Verão para a Fundação Calouste Gulbenkian, cuja bem sucedida sessão de encerramento foi documentada por cá. Após BADIU, do estúdio só nos têm surgido colaborações suas com outros colegas: a voz de Dino fez-se escutar em “A Noite Passada” (com Rita Vian e Branko para o projecto SG Gigante), “Mbappé (Afro Tropical)” (faixa explosiva cozinhada a meias com IVANN), numa nova versão de “Lá Fora” (agora com Djodje ao seu lado) e em “Maria” (onde contracenou com Emicida).


[T-Rex]

Não é brinquedo, é Toy Toy mesmo. O talento de T-Rex soou-nos sempre algo ofuscado aquando os seus primeiros passos, mas a insistência já o faz colher muito e bons trunfos. Um dos artistas portugueses mais solicitados no mercado digital, vem embalado por uma vitoriosa série de três discos que arrancou em 2020 com Gota D’Espaço. À data de hoje, CASTANHO e COR D’ÁGUA são os seus projectos que mais ressoam no público, ambos casa de variadíssimos bangers de rap — e se o primeiro figurou entre os nossos álbuns favoritos relativamente a 2022, o segundo tem tudo para seguir o mesmo caminho quando chegar a altura de fazermos um novo balanço anual.


[Richie Campbell]

O trajecto de Richie Campbell já vai longo, mas o artista da Linha de Cascais está a fazer de tudo para nunca soar previsível nos seus lançamentos, ajustando o seu registo a cada novo disco. Heartbreak & Other Stories saiu em Março passado e veio suceder à mixtape Lisboa (2017), tendo merecido a aprovação imediata dos portugueses, que correram às bilheteiras para o ajudar a esgotar o Altice Arena pela segunda vez na carreira. É obra.


[Papillon]

A digestão de Jony Driver não é fácil, não fosse o último álbum de Papillon uma carta de despedida em jeito de homenagem ao seu pai e herói. Se o seu primeiro Deepak Looper era já bem maduro ao nível da sonoridade e do conceito, o sucessor é ainda mais arrojado e merecedor de acrescida dose de atenção, tal é a ousadia dos instrumentais e o peso da sua caneta na hora de fazer sarar feridas em plena sala de captação.


[Slow J]

Ainda não tem um novo LP cá fora, mas é quase como se já tivesse. Três singles são conteúdo mais do que suficiente para meter a legião que segue Slow J em estado de alerta máximo, tal é o culto em torno do MC, cantor, músico, produtor e compositor sadino cujas mais recentes obras são You Are forgiven e sLo-Fi. Com um novo plano em marcha, deu-nos este ano as canções “Where U @”, “Grandeza” (com direito a estreia pelo A COLORS SHOW) e “Sem Ti” — sem relevar uma data específica, João Baptista Coelho deu a entender que estas faixas integrarão um projecto que prevê lançar no decorrer de 2023.

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