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Publicado a: 16/02/2018

O guia completo de Black Panther: The Album

Publicado a: 16/02/2018

[TEXTO] Gonçalo Oliveira [FOTO] Direitos Reservados

Uns mais conhecidos do que outros, mas todos com um propósito em comum. Kendrick Lamar e Anthony “Top Dawg” Tiffith reuniram 38 artistas para aquela que é, para já, a maior compilação lançada em 2018. Black Panther: The Album contém três músicas que se vão poder ouvir no novo filme da Marvel, sendo as restantes onze inspiradas no super-herói negro da famosa editora de banda desenhada, feitas apenas para o propósito comercial desta curadoria.

A BSO de Black Panther chegou às plataformas de distribuição no final da semana passada através da Top Dawg Entertainment. E se para alguns dos artistas que marcam presença no alinhamento esta inclusão pode apenas parecer uma espécie de estágio para a competição “a sério”, para outros, menos badalados, a entrada em Black Panther: The Album poderá muito bem servir como um treino de captação, ideal para chamar a atenção do público que segue as vedetas de maior calibre e, quem sabe, as editoras ou promotoras que também não ficam indiferentes aos movimentos do mercado musical — a indústria tem cada vez mais os olhos colados na Top Dawg e o mundo pára sempre que Kendrick Lamar se envolve num novo projecto, tal é a ânsia de escutar o que o nativo de Compton anda a fazer para merecer os sucessivos GRAMMYs, estatuetas que tem levado anualmente para casa desde a edição de 2015.

Para que todos joguem em pé de igualdade, o Rimas e Batidas mergulhou nos créditos de Black Panther: The Album, destacando o que cada um destes artistas tem feito recentemente e, se possível, tentando também decifrar o que nos reservam para o futuro. Senhoras e senhores, fiquem com os 38 magníficos:

 


[KENDRICK LAMAR]

O homem que voltou a colocar Compton no mapa. Os cinco GRAMMYs que arrecadou, em sete nomeações, fazem de Kendrick Lamar um dos mais importantes artistas à escala planetária. O estatuto poderia justificar uma aparição mais fugaz em Black Panther: The Album, mas K.Dot quis dar muito mais do que isso ao projecto colaborativo organizado pela editora que representa: além de colocar vários versos no disco, o nome do MC de Compton surge ainda associado à produção de outras faixas.

 


[SZA]

Também a defender as cores da Top Dawg Entertainment, SZA é a nova coqueluche da pop e do r&b. O seu disco de estreia chegou-nos durante o ano passado, carimbado pela editora fundada por Anthony Tiffith. Ctrl figurou nas em várias listas de final do ano e o Rimas e Batidas não foi excepção, tendo incluído o projecto de estreia de SZA entre os 10 melhores álbuns internacionais de 2017. A cantora revelou que lhe sobraram mais de 200 músicas das sessões de Ctrl e a Pigeons & Planes prontamente sugeriu tornar untitled unmastered numa série de edições de temas excedentários dos artistas da TDE, desta feita com SZA a protagonizar o segundo volume. Nós assinamos por baixo.

 


[SCHOOLBOY Q]

Na hierarquia da TDE — julgando pela popularidade de cada artista –, ScHoolboy Q aparece nos primeiros lugares do pódio. Depois dos aclamados projectos de Kendrick Lamar e SZA em 2017, 2018 será o ano que permitirá ao “Groovy Tony” uma maior exposição, agora que tem em mãos um disco quase terminado. Ainda sem grandes pormenores sobre o sucessor de Blank Face LP, resta-nos aguardar por mais notícias do parceiro de K.Dot, Jay Rock e Ab-Soul nos Black Hippy.

 


[2 CHAINZ]

Em 2017, 2 Chainz disse-nos que meninas bonitas gostam de música trap. O rapper de College Park, Geórgia, é um dos artistas em maior destaque na mítica Def Jam e este ano já nos deu nova música, assinando quatro temas que compõem The Play Don’t Care Who Makes It, EP editado no final da semana passada.

 


[SAUDI]

Black Panther: The Album também fica marcado por estabelecer uma ponte entre os EUA e a África do Sul. Saudi é um dos artistas africanos em destaque na compilação curada pela TDE, que se estreou a solo no ano passado pela Ambitiouz Entertainment — D.R.U.G.S Inc está disponível na Apple Music.

 


[KHALID]

Khalid aproveitou a boleia de Black Panther: The Album para estrear ontem o primeiro single de 2018 — “Love Lies” também está ligado ao mundo do cinema e é um dos temas que pertencem à banda sonora original para o filme Love, Simon.

American Teen, o álbum de estreia que nos apresentou durante o ano passado, deixou uma marca forte na agenda de 2017. O cantor actua na edição deste ano do NOS Alive.

 


[SWAE LEE]

Mais conhecido pelo trabalho que desempenha ao lado do irmão na dupla Rae Sremmurd, Swae Lee está a ganhar algum protagonismo a solo. Que o diga French Montana, que certamente ficou agradecido pelo cunho pessoal que o jovem de Inglewood colocou no viral “Unforgettable”.

 


[VINCE STAPLES]

Já existem três nomes que podemos riscar do Festival do Nunca, muito graças ao NOS Primavera Sound deste ano, que soube ir ao encontro da lei das rimas e batidas que tanto fazem movimentar os festivaleiros pelo país fora. Vince Staples é um deles, que editou o seu segundo disco no ano passado após uma estonteante estreia em 2015 com Summertime ’06. Escusado será dizer que Big Fish Theory impressionou, ingressando também nessa lista de 10 melhores álbuns internacionais de 2017 para o Rimas e Batidas.

Sobre o seu primeiro LP, é de realçar que ainda cria burburinho nas movimentadas plataformas de vendas: “Norf Norf”, o segundo videoclipe extraído de Summertime ’06, foi este mês reconhecido como single de ouro para a RIAA. Um tema que certamente vamos gostar de recordar na sua passagem pelo Porto.

 


[YUGEN BLAKROK]

É preciso recuar até 2013 para ouvir Return of the Astro-Goth. O álbum de estreia de Yugen Blakrok saiu pela Iapetus Records e valeu três nomeações para os South Africa Hip-Hop Awards, incluindo o de artista-revelação.

Yugen Blakrok não produziu muito mais do que isso nos anos que sucederam, mas a frescura de Return of the Astro-Goth manteve-a enquanto uma figura de destaque no circuito underground do rap sul-africano. Agora protagonizou uma autêntica colaboração de sonho num tema para a luxuosa tracklist de Black Panther: The Album. A Red Bull mergulhou a fundo para dar a conhecer o enigmático caso de Yugen Blakrok.

 


[JORJA SMITH]

Jorja Smith é um dos casos musicais no feminino que o ReB tem seguido de perto. Ainda sem um único álbum editado, a cantora brilha nos singles, EPs e colaborações (Olá, Drake) que tem lançado.

Infelizmente, não vamos ainda poder riscar o nome de Jorja Smith do Festival do Nunca, visto que não existe a indicação de que a artista faça a travessia Barcelona/Porto no âmbito do NOS Primavera Sound. No entanto, Espanha é já aqui ao lado…

 


[SOB X RBE]

Yhung TO, DaBoii, Slimmy B e Lul G compõem o SOB x RBE, colectivo originário de Vallejo, Califórnia. Embora a crew albergue mais membros, os nomes referenciados são os protagonistas. SOB x RBE é composto por 12 temas, que certamente serviram como um forte argumento para que K.Dot lhes estendesse o convite para ingressarem em Black Panther: The Album.

 


[AB-SOUL]

Ab-Soul é outro talento que mora na Top Dawg Entertainment. Em 2016, o rapper editou Do What Thou Wilt, disco de onde saíram singles importantes como “Huey Knew” ou “D.R.U.G.S.”. Ab-Soul é conhecido pelo seu estilo instrospectivo, capaz de abordar temáticas e sonoridades mais fora-da-caixa.

À falta de novo material e notícias em torno dos seus futuros projectos, há agora um tema a girar na Internet que, possivelmente, passou despercebido a muitos dos seus ouvintes. Antes de Donald Glover sonhar com um GRAMMY, o projecto Childish Gambino alimentava as ruas com projectos da sua autoria, num grind que tem vindo, aos poucos, a ser recuperado para as plataformas de streamming. “Unnecessary” é uma faixa da sua mixtape Royalty, de 2012, e conta com versos de Ab-Soul e ScHoolboy Q.

 


[ANDERSON .PAAK]

A grande notícia do dia de ontem foi, sem sombra de dúvida, a confirmação de Anderson .Paak no festival Super Bock Super Rock. Não se trata de uma estreia em território nacional, visto que o cantor fez a primeira parte do concerto de Bruno Mars em Lisboa, mas surge agora a oportunidade de o vermos — e ouvirmos — numa actuação com os seus The Free Nationals.

A esta altura é bastante provável que sintam saudades de nova música por parte do autor de Malibu, ele que também divide o protagonismo com Knxwledge nos NxWorries. Há, no entanto, a ligeira hipótese que a sua vinda a Portugal, em Julho, traga já novo material na bagagem — recentemente, Anderson .Paak revelou que tem dois discos planeados para 2018, um a solo e outro com os The Free Nationals.

 


[JAMES BLAKE]

Seja enquanto artista principal ou na retaguarda como produtor, James Blake é um daqueles nomes cujo brilho teima em ofuscar tudo o resto. Do eterno “The Wilhelm Screm” à alucinante batida que arquitectou para Vince Staples em “Big Time”, o britânico imprime sempre um cunho muito próprio em cada faixa que toca, transformando-a automaticamente numa espécie de experiência paranormal.

The Color In Anything foi o seu último álbum, editado há dois anos. Desde então, temo-lo ouvido através de colaborações com Jay-Z, Mount Kimbie ou até mesmo Kendrick Lamar. Este “If The Car Beside You Moves Ahead” saiu há um par de semanas e poderá muito bem antecipar uma nova jornada do cantor e produtor londrino…

 


[JAY ROCK]

Aproveitando a boleia de Black Panther: The Album, Jay Rock confessou que tem um “álbum pronto”. “Vai sair este ano. Está terminado. Está misturado. Está pronto a sair. Só que pronto, vocês sabem, há o lado burocrático da coisa, ‘libertar’ os samples e coisas desse género”, garantiu o rapper da TDE.

O seu último longa-duração data de 2015. Um projecto sólido, que certamente terá aumentado a fasquia agora que estamos quase a poder ouvir o seu sucessor.

 


[FUTURE]

Se os MCs estão cada vez mais perto de serem considerados as novas estrelas de rock, muito se deve a Future. O rapper de Atlanta tem sido incansável na arte de fabricar hits a grande velocidade, inteligente na escolha dos parceiros que o ajudam a trilhar o caminho para o sucesso — Drake, Metro Boomin ou, mais recentemente, Young Thug — e, acima de tudo, competente na hora de entrar em estúdio, assinando uma fórmula que se pode considerar “sua”.

 


[ZACARI]

Não é dos mais conhecidos desta lista, apesar de já todos o termos debaixo de olho. O motivo? O talento de Zacari serviu de base para “LOVE.”, um dos temas de DAMN.. O cantor de Bakersfield, Califórnia, não tem ainda uma obra digna de um estudo aprofundado, mas tudo aponta para que Zacari tenha o necessário para vingar na indústria musical.

 


[BABES WODUMO]

Babes Wodumo é uma jovem cantora, modelo e bailarina sul-africana. Carimbado pela West Ink, Gqom Queen Vol.1 é o disco de estreia com o qual se apresentou ao mundo em 2016. “Wololo” é o single de maior impacto no seu trajecto, inspirado nas batidas do kuduro e do afrobeat.

 


[MOZZY]

De Oak Park, um dos bairros de Sacramento, na Califórnia, chega Mozzy, o rapper que editou Hell Made na recta final de 2017. É um dos nomes da West Coast a ter em conta, até porque vontade não lhe falta — só nos últimos três anos foram mais de uma dezena de projectos editados com o seu cunho. Dave East, G-Eazy, Jadakiss, Trae The Truth ou Snoop Dogg são alguns dos nomes que têm ingressado nas sua viagens musicais.

 


[SJAVA]

Também da Ambitiouz Entertainment, Sjava passou de actor a cantor, depois de ter aparecido numa série popular da África do Sul. Entre os os lançamentos que tem protagonizado, destaca-se, claro, a adição de Isina Muva ao seu currículo.

 


[REASON]

Reason é um nome com história no movimento hip hop sul-africano. No activo desde 2005, são vários os álbuns que colecciona no seu portefólio — Love Girls, de 2017, é o seu mais recente longa-duração. “2Cups Shakur” é o seu single de maior alcance, editado em 2014 pela Motif Records. Actualmente, veste as cores da Promise Land Entertainment.

 


[TRAVIS SCOTT]

Travis Scott não é uma cara nova a surgir na vida de Kendrick Lamar — os dois colaboraram em “goosebumps”, tema de Birds In The Trap Sing McKnight, o disco que lançou há quase dois anos. No ano passado, o artista assinou “Butterfly Effect”, um tema solto que surgiu no formato vídeo, e protagonizou ainda a primeira edição musical da marca de luxo francesa YSL — La Flame curou uma playlist que saiu no formato de vinil com um número de cópias bastante limitadas. Para encerrar 2017 da melhor forma, o rapper e produtor uniu esforços com Quavo para nos oferecer Huncho Jack, Jack Huncho. Southside, Murda Beatz, !llmind ou Mike Dean assinaram a produção dos 13 temas do projecto.

 


[THE WEEKND]

Quis K.Dot que o STARBOY marcasse presença em Black Panther: The Album. É precisamente ao lado do astro de Compton que The Weeknd alinha em “Pray For Me”, o primeiro tema colaborativo desde “Sidewalks”.

Apesar de Abel Tesfaye não nos brindar com nova música desde STARBOY, as stories que publica seu Instagram vão levantando o véu sobre o que anda a cozinhar. Quem sabe OVOXO não poderá ser o próximo na lista…

 


[CUBEATZ]

A Europa aproxima-se cada vez mais das sonoridades pretendidas pelo mercado norte-americano, o principal berço dos hits que atingem o sucesso à escala planetária. A dupla CuBeatz tem representado o velho continente no rap dos EUA, assinando instrumentais para diversos artistas de renome — Migos, Kodak Black, Meek Mill, 21 Savage, Drake ou Travis Scott estão entre os clientes dos gémeos Tim e Kevin Gomringer.

 


[SOUNWAVE]

Os Digi+Phonics são a equipa que trabalha horas a fio no laboratório da TDE para esculpir a sonoridade dos seus artistas. Sounwave é um dos membros da crew de produção que mais destaque tem ganho, principalmente pelo trabalho desenvolvido nos álbuns de Kendrick Lamar — todos os grandes projectos do astro de Compton têm o seu input. “Bitch, Don’t Kill My Vibe”, “Poetic Justice”, “Alright”, “King Kunta”, “LOYALTY.” ou “ELEMENT.” partiram das criações sónicas de Sounwave.

 


[AL SHUX]

Alexander Shuckburgh joga em várias posições e destaca-se enquanto produtor multifacetado, capaz de nunca comprometer, seja qual for o campeonato que está a disputar. O britânico assina as suas criações como Al Shux e já realizou obras tão distintas e marcantes como “Young And Beautiful”, “Empire State of Mind”, “Fuck With Myself” ou “Roses”. Ganhou uma nova oportunidade para mostrar aquilo que melhor sabe fazer em Black Panther: The Album. Kendrick e SZA só têm que lhe agradecer pelo seu desempenho em “All The Stars”.

 


https://youtu.be/Ka4BxFizU7I

[!LLMIND]

Se há produtores veteranos ainda a dar cartas em pleno 2018, !llmind é um deles. Não bastavam os projectos que assina em nome próprio, instrumentais ou temas para rappers como Skyzoo, Joell Ortiz ou Verbal Kent, a sua mestria também serviu para catapultar os artistas mais sedentos por boas batidas. J. Cole, 2 Chainz, 50 Cent, Kanye West ou Khalid já recorreram ao seu arquivo para embelezar os respectivos discos.

 


[BADBADNOTGOOD]

Os BADBADNOTGOOD começaram por ser apenas uma banda. Se assistimos com frequência a músicos com um background hip hop a abordar as sonoridades do jazz, o percurso inverso é algo menos posto em prática. Talvez seja por aí que o quarteto de Toronto tenha conseguido criar uma sonoridade tão própria.

Tyler, The Creator, Frank Ocean ou Ghostface Killah foram dos primeiros a aprovar o conceito dos BADBADNOTGOOD, que passaram, mais recentemente, a apostar também na vertente de produção de temas para outros artistas. O grupo destacou-se com uma participação no último álbum de Kendrick Lamar, sendo que também Earl Sweatshirt, Daniel Caesar, Mick Jenkins ou Danny Brown têm batidas suas.

 


[LUDWIG GORANSSON]

O nome Ludwig Göransson poderá não dizer grande coisa por si só. Contudo, a verdade é que o sueco acaba de ganhar o primeiro GRAMMY da carreira com “Redbone”.

O mundo do cinema parece ser uma espécie de segunda casa para Ludwig Göransson, compositor que assinou bandas sonoras oficiais para cinco filmes diferentes.

Black Panther: The Album é, essencialmente, um disco inspirado no filme da Marvel, sendo que Black Panther (Original Score) se apresenta como a “verdadeira” banda sonora que acompanhará grande parte da longa-metragem. Ludwig é o seu autor, o único que garante uma entrada em ambos os projectos feitos a pensar no novo filme da Marvel.

 


[DJ DAHI]

A vida de DJ Dahi nunca mais foi a mesma depois de “Money Trees”. Saiu da sua cabeça a batida de um dos mais marcantes temas de good kid, m.A.A.d city, a faixa que o colocou no radar de todos os MCs aspirantes a hitmakers. Drake, Big Sean, Logic ou Travis Scott também estão na sua lista de clientes, mas ninguém melhor que Kendrick Lamar para espremer tão bem o sumo produzido por DJ Dahi — DAMN. conta com cinco temas com o seu cunho.

 


[TEDDY WALTON]

Com apenas 25 anos, o nome de Teddy Walton deve ser levado a sério na indústria musical. O currículo não é ainda extenso, mas conta com os ingredientes suficientes para darmos por ele, imaginando o que surgirá das mãos do produtor de Memphis no futuro. GoldLink, Bryson Tiller e A$AP Rocky colocaram versos em batidas suas, embora o grande — e actual — destaque passe, claro, pelo trabalho desenvolvido em “LOVE.”, de DAMN..

 


[MIKE WILL MADE-IT]

Onde há fumo, há Mike WiLL Made-It. “HUMBLE.”, “DNA.”, “Move That Dope”, “Black Beatles”, “FORMATION” ou “Unforgettable” são todos produzidos pelo criador de Atlanta.

Para assegurar o seu património e vincar ainda mais o seu nome na competitiva indústria musical, o produtor apostou nos projectos em nome próprio, compilando verdadeiros batalhões de super vedetas do planeta hip hop nos seus álbuns “a solo”.

 


[HYKEEM CARTER]

“Imma win a grammy and I put that on my mama“. Hykeem Carter apresenta-se de forma assertiva na sua página do SoundCloud. Pouco ou nada se sabe sobre o artista que há praticamente um mês se estreou com Midnight, álbum em que nove das dez faixas são produções suas.

 


[KURTIS MCKENZIE]

“O Kendrick respondeu com uns 20 emojis de fogo”, explicou Kurtis McKenzie à DJ Booth. “Foi um momento surreal. Estávamos doidos no estúdio assim que percebemos que o Kendrick estava entusiasmado com o beat. Ele não o tinha sequer há dois minutos e já nos estava a dizer que a Babes Wodumo ia cantar nele”. Para Kurtis, a colaboração de Zacari foi uma surpresa — só soube da entrada do norte-americano aquando da saída da tracklist do disco.

Kurtis McKenzie aka The Arcade foi recentemente premiado com um GRAMMY pelo trabalho no último álbum de Shakira. Migos, Khalid, Jidenna ou G-Eazy também surgem na sua vasta lista de colaboradores.

 


https://youtu.be/GhiDWvF-ma4

[SCRIBZ]

Mike ‘Scribz’ Riley é o outro produtor britânico envolvido na produção de “Redemption”: “O Scribz deu-me uma pasta de samples aleatórios que tem vindo a recolher e eu encontrei lá um loop de piano, muito soulful“, revelou Kurtis McKenzie à DJ Booth. “Senti que o baixo original não estava certo e precisava de mais groove, por isso pedi ao Scribz que tocasse uma nova linha de baixo”, completou.

Riley conta com nomeações para os GRAMMY e tem estado ao lado de artistas que jogam claramente numa divisão de prestígio. Khalid, Chris Brown ou Ariana Grande surgem nesse lote de parcerias.

 


[FRANK DUKES]

O caso de Frank Dukes é ligeiramente diferente daquilo a que estamos habituados. É através da sua Kingsway Music Library que colecciona a maior parte das co-produções que assina, um autêntico repositório de samples da autoria do canadiano, que os disponibiliza aos seus subscritores. “Fake Love”, “0 to 100 / The Catch Up”, “Congratulations” ou “Chanel” são alguns dos temas feitos com o auxílio das ferramentas de Frank Dukes.

 


[CARDO]

Cardo está num grande momento de forma. Depois de ver o álbum no qual colaborou sair vitorioso da última edição dos GRAMMY — falamos, claro, de DAMN. –, o produtor de Minnesota deu ainda uma ajuda a Drake numa das faixas do seu mais recente Scary Hours.

 


[MATT SCHAEFFER]

Gostam da guitarra que se ouve em “DNA.”? Matt Schaeffer é o responsável por essa parte num dos temas fortes de DAMN.. Matt colabora em mais duas faixas do último disco de Kendrick Lamar.

 


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