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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 05/09/2023

Vem aí o sucessor do aclamado Pripyat.

Marina Herlop com novo disco e passagem dupla por Portugal em agenda

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 05/09/2023

Nekkuja é o título do próximo trabalho de Marina Herlop e foi antecipado no final da semana passada com “La Alhambra”. O disco está planeado para sair a 27 de Outubro, mas até lá ainda vamos poder apanhá-la em mais um par de datas ao vivo por Portugal.

Aos poucos, a artista catalã vai-se tornando cada vez mais notória num segmento da música electrónica vanguardista que se preocupa especialmente com o lado mais textural entre camadas de pura exploração sonora, no seu caso com recurso a voz, piano e percussões fora-da-caixa. Após os primeiros ensaios em Nanook e Babasha, foi convidada a integrar os quadros da PAN — editora berlinense à qual estão ligados projectos como Amnesia Scanner, Eartheater ou Objekt — e por lá editou Pripyat, o seu álbum mais bem sucedido do ponto-de-vista comercial até à data.

Foi mesmo graças a esse terceiro longa-duração que o seu nome se tornou bem mais requisitado em palcos no mundo inteiro e, só em Portugal, no último par de anos protagonizou concertos no Mucho Flow (foi lá que a vimos actuar pela primeira vez), no Tremor e, mais recentemente, no Primavera Sound Porto (aqui já completamente rendidos à sua performance). Seguem-se agora mais um par de datas de Herlop no nosso país, que talvez sirvam para dar a conhecer em primeira mão algumas das canções que planeia compilar no seu próximo Nekkuja: no âmbito da BoCA, virá a Lisboa para se apresentar no Panteão Nacional (21 de Setembro), dirigindo-se a sul no dia seguinte para uma estreia em Faro, mais concretamente nas Ruínas Romanas de Milreu.

No final de Junho, ainda na ressaca do espectáculo que deu no Parque da Cidade do Porto, Miguel Santos dissecou a estética de Marina Herlop na sua rubrica Abram alas para…:

“É difícil descrever a música deste projecto sem recorrer ao chavão ‘experimental’. A música transcende os ouvidos e interage com sinapses que controlam a visão, convida a conjurar um espaço amalgamado, sem mapa nem direcção mas com constantes estímulos visuais. É megalómana, com progressões estruturadas como ‘abans abans’ tão bem demonstra. A sua arrepiante beleza abstracta lembra os riscos sonoros tomados pela música de Nicolas Jaar e especialmente o álbum Nymphs. A música é composta por melodias vocais entrosadas, como um conjunto de ondas que vão e voltam com cada vez mais pujança.”


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