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Os primeiros nomes para a edição de 2022 dos Jardins Efémeros já estão cá fora: Sam Gendel encabeça o grupo, sendo seguido por Mieko Suzuky e Heather Leigh — estes três vão tocar a solo pela primeira vez em território português — ou AGF e Hatis Noit.
O americano Gendel é uma paixão cá da casa. Satin Doll (2020) despertou-nos em definitivo para aquilo que andava a fazer, “jazz altamente alienígena, futurista” criado a “partir de um setup altamente condicionado pelas possibilidades que a electrónica oferece, mas tratar isso como ponto de partida para modelar a interacção colectiva em tempo real com novas possibilidades texturais e harmónicas”. O saxofonista californiano deu-nos uma belíssima entrevista nesse mesmo ano, em Junho — mais tarde, em Outubro, Rui Miguel Abreu daria-lhe espaço na sua “coluna de crítica de música electrónica” a propósito de DRM. Curioso como se tornaria, no final e em época de listas, caso único a fazer a dobradinha: entrou nos melhores internacionais das Notas Azuis e da Oficina Radiofónica.
A qualidade é reconhecida e há muitos que o querem requisitar para os seus discos: Perfume Genius, Carlos Ñino, Blake Mills & Pino Palladino, Vampire Weeknd ou, entre outros, Mach-Hommy, com quem brilhou em “WOODEN NICKELS“.
“A Incerteza” é o tema para o festival que regressa ao centro histórico de Viseu, com entrada livre, entre os dias 8 a 16 de Julho.
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