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Texto: ReB Team
Fotografia: SARAHAWK
Publicado a: 14/07/2023

É para hoje.

Sexta-feira farta: novos trabalhos de benji price, Chico da Tina, J Hus, Dave East, Kool & The Gang e Marc Ribot’s Ceramic Dog

Texto: ReB Team
Fotografia: SARAHAWK
Publicado a: 14/07/2023

Andamos por estes dias em pleno modo festivaleiro — na óptica de quem o reporta, pois claro. Mas a época de festivais de Verão, agora definitivamente aberta, não interfere (muito pelo contrário) com o calendário de edições, de maneira que por cá há que ter ainda mais atenção ao que anda a sair em tempo real.

Aos que vão ver em carne e osso gente como Wu-Tang Clan, DJ Premier, Benny Sings, Holly Hood ou Sampa The Great neste segundo dia de Super Bock Super Rock, ou Da Weasel, Slow J, DJ Ride, ou Jorge Palma no primeiro de MEO Marés Vivas, fiquem sabendo que a voltar para casa podem sempre espreitar os novos trabalhos de benji price, Chico da Tina, J Hus, Dave East, Kool & The Gang e Marc Ribot’s Ceramic Dog. E quem diz estes não esquece, também, os de Adler Jack (Maionese na Fartura), Idman (Risk), Mahalia (IRL) Haviah Mighty (Crying Crystals), Lindstrøm (Everyone Else is a Stranger), PVRIS (EVERGREEN), Disclosure (Alchemy), King Von (Grandson).


[benji price] Baldio Vol.1

Ao que tudo indica, Baldio Vol.1 representa não só um ponto final na persona benji price enquanto tal, mas também o início de um novo ciclo para o rapper e produtor que se emancipou a partir da Think Music. De agora em diante, é por João Maia Ferreira que o autor de ígneo responde, também, artisticamente — não sem a devida despedida do alter ego, com uma beat tape de porta aberta a quem sobre os respectivos instrumentais queira rimar.


[Chico da Tina] Tina Dance Mixtape (Sabor 2000)

“10 sons, quatro feats., aqui é só peso”, reza na “Introdução Respectiva” de Tina Dance Mixtape (Sabor 2000). E esse sabor, providenciado pelas batidas do novo trabalho de Chico da Tina, não deixa margem para dúvidas — a começar, precisamente, pela respectiva introdução feita a partir do instrumental de “How We Do”, célebre tema de The Documentary de The Game, no qual participa, também, 50 Cent (um dos principais responsáveis por esse “sabor 2000”). É, por isso, mais um marco importante na discografia do irreverente artista de Viana do Castelo, como aliás é assinalado pelo próprio:

“Quase 4 anos depois de vos abrir os portões do paraíso com Minho Trapstar, é agora tempo de vos conduzir aos reinos mais quentes e flamejantes do inferno. Tina Dance Mixtape (sabor 2000) é aquele projecto escaldante e libidinoso que me tem vindo a ocupar a cabeça durante estes últimos anos, e sem o qual, não se poderia com rigor afirmar que a minha obra estivesse inteiramente completa. É um disco cheio de pecado, atrevimento e provocação, em que os convidados — cada qual pelos seus motivos particulares — não poderiam não comparecer.”


[J Hus] Beautiful and Brutal Yard

O último longa-duração de J Hus, editado no início de 2020, cimentou-o definitivamente num patamar onde talvez apenas uma dúzia de rappers britânicos (como Dave, Central Cee, Skepta, Stormzy, Aitch, Giggs ou slowthai à cabeça) se encontrem à data da estreia de Beautiful and Brutal Yard: três anos depois, o sucessor de Big Conspiracy aponta, por isso, a voos ainda maiores, desde logo pelas participações de gente como Drake, Jorja Smith ou Burna Boy, sem perder, no entanto, as directrizes sonoras que fizeram de Momodou Lamin Jallow a figura que é no Reino Unido e além-fronteiras: do grime ao afroswing com um jogo de cintura incomparável.


[Dave East] Fortune Favors the Bold

Hustle” é cada vez mais um adereço do que propriamente um statement (se nos permitem dois estrangeirismos numa só frase) no código que rege o rap. Mas no caso de Dave East há poucas palavras mais indicadas para ilustrar o seu percurso. Desde que propôs a apostar as fichas todas no hip hop, o rapper de Harlem não mais parou em matéria de edições discográficas, e desde então não há ano em que não tenhamos direito a um novo trabalho da sua parte (quando não são dois ou mais…). Nas contas de 2023, já leva um primeiro volume de curta-duração (TRAP MIAMI II (Side-A) a meias com Tutxtut), uma versão deluxe (de Book of David, dividido com Buda & Grandz e DJ Drama) e, agora, um longa-duração à sua imagem: Fortune Favors the Bold é um longa-duração à imagem do MC nova-iorquino, com 24 faixas que provam que, para quem o admira, vale sempre a pena escutar os seus versos (mesmo quando nem todos os instrumentais nos convidam a isso).


[Kool & The Gang] People Just Wanna Have Fun

Fé nas relações a longo prazo, que nem todas estão condenadas à monotonia ou ao fracasso. Prova dessa longevidade saudável é a turma Kool & The Gang, que continua cheia de vida seis décadas (para o ano é que é!) depois da formação, mesmo depois de tantos altos e baixos, entradas e saídas, jazz, soul, funk, r&b ou disco pelo meio. O segredo para manter a festa em andamento? People Just Wanna Have Fun.


[Marc Ribot’s Ceramic Dog] Connection

A revelação oficial ficou marcada para sexta-feira, 14 de Julho. Mas a apresentação antecipada de Connection, para lá do single homónimo, de Marc Ribot e os seus Ceramic Dog foi feita por cá, no gnration, dias antes da estreia do novo disco do trio liderado pelo guitarrista norte-americano — e estivemos lá para ver. E no sucessor de Hope (2021), o cruzamento de campos sonoros — do jazz ao no wave — revela-se ainda mais assumido.

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