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Texto: ReB Team
Fotografia: Cláudio Ivan Fernandes
Publicado a: 27/09/2023

A materialização do groove em Lisboa.

Lounge recebe Meu Kamba Jazz de Rocky Marsiano na próxima semana

Texto: ReB Team
Fotografia: Cláudio Ivan Fernandes
Publicado a: 27/09/2023

Na quinta-feira da semana que vem, dia 5 de Outubro a partir das 22 horas, Rocky Marsiano traz o Meu Kamba Jazz até Lisboa para um concerto no Lounge.

No passado dia 2 de Junho, o produtor luso-croata sediado nos Países Baixos dava a conhecer uma nova pele através de Meu Kamba Jazz, Volume Um. Símbolo de veterania no movimento hip hop em Portugal, com uma vasta obra de rimas e batidas espalhadas por edições a solo ou no colectivo Micro (onde divide o protagonismo com Sagaz e DJ Nelassassin), Rocky Marsiano fez um upgrade à sua vertente de beatmaker ao apostar no “casamento” entre sampling e instrumentação real num disco regado de groove e que, embora assente na linguagem do jazz, vai buscar inspiração a diferentes latitudes, desde o samba ao afrobeat.

Com direito a prensagem em vinil, Meu Kamba Jazz, Volume Um teve Rocky Marsiano ao leme da MPC, desdobrando-se ainda pela voz e sintetizadores. Masterizado por Beat Laden, o disco contou com uma panóplia de músicos convidados e a lista de créditos vai de Alex Figueira e Rui Dourado até António “Toni” Duarte, Vicente Booth ou Francisco Bettencourt. São precisamente estes três últimos nomes que completam o quarteto idealizado por Marsiano para esta apresentação ao vivo deste projecto — há um ano, assistimos aos primeiros testes da banda no Lux Frágil, à data com Rodrigo Amado no saxofone.

No dia em que o primeiro capítulo da saga Meu Kamba Jazz foi editado, o autor voltou a passar pelas páginas do Rimas e Batidas com uma entrevista onde explicou o quão diferente foi o processo de concepção destas suas novas 10 faixas:

“O groove é o ponto de partida aqui. Às vezes pode ter nascido de samples cortados com coisas que programei e coisas que foram tocadas. Construí um groove e a partir daí é que a importância do sample foi diminuindo ou aumentando, ou a importância do baixo… Cada tema teve uma origem completamente diferente e separada do outro, isso também foi engraçado. Porque, como os construí para os fazer ao vivo e para cada tema ter uma vida própria, decidi traduzir isso para o disco. Nalguns temas a percussão foi tocada antes de estar lá a bateria, e também é uma coisa que aconteceu organicamente. (…) Portanto, nalguns temas havia só linhas de baixo. Depois foi tocada percussão. As flautas, as guitarras e os saxofones foram a última sessão que fiz, isso já foi tudo gravado em cima dos temas quase acabados. Mas o resto foi um bocado um híbrido entre um esboço e algo mais acabado. O meu trabalho final foi fazer com que tudo soasse como se tivéssemos gravado ao mesmo tempo no estúdio.”


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