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Em 2017, o rapper de Jundiaí, São Paulo, trouxe Regina e, ao primeiro álbum, entrava directo para as listas daquilo que de melhor se fez no Brasil. Inovou ao trabalhar como ninguém a estética vaporwave e ao introduzir nas composições uma realidade banhada a wi-fi, áudios de Whatsapp e emoções na era do Android. Este ano lançou duas mixtapes, Foodstation com os restantes membros do selo que fundou — Sound Food Gang — e Good Smell Vol. 1, a mixtape a solo em que o destaque ao feminino e o universo dos relacionamentos ganharam lugar.
niLL esteve em entrevista longa com Rimas e Batidas em Novembro passado e deixou-nos agora as suas escolhas para o balanço do ano que acaba.
[MELHOR ARTISTA NACIONAL (BR)] BC Raff
“Acho que o artista do ano no Brasil foi o Raffa Moreira, aka BC Raff. Ele foi o cara que mais, como dizer, conseguiu se manter e ainda trazer um monte de material novo. Conseguiu bons resultados com o que ele lançou e continuou com as suas paradas mesmo sem ter lançado um álbum. Então eu acho que ele foi o artista do ano, de novo!”
[MELHOR ARTISTA INTERNACIONAL] Childish Gambino
“O Childish. Não tem nem como! Ele fez Atlanta e ainda assim conseguiu fazer o clipe mais comentando do mundo. E depois fez também aquela animação foda no ‘Feels Like Summer’. Ainda pensei no Travis mas não chegou próximo!”
[MELHOR PRODUTOR NACIONAL (BR)] Nave
“O Nave leva o de melhor produtor porque ele esteve envolvido em vários trampos que estão concorrendo nas paradas, inclusive aquele com o Marcelo D2 que eu acho muito foda. É ele!”
[MELHOR PRODUTOR INTERNACIONAL] Quincy Jones
“Ele fez um documentário, além de ter produzido tanta coisa este ano. E na história. E ainda conseguiu documentar isso na Netflix. Então vai ganhar este ano e no próximo, também. E nos próximos, também! Eu pensei em colocar o Dr. Dre mas o Quincy não está no documentário dele e o Dr. Dre está no do Quincy. Então acho que escolhi o certo!”
[MELHOR FAIXA NACIONAL (BR)] “Um Dia de Injúria” de Amiri
“Ele foi imprevisível, de novo. Ele chegou, actualizou a cena e voltou como ele mesmo. A melhor faixa que eu ouvi até agora foi essa, representou uma grande massa. Foda!”
[MELHOR FAIXA INTERNACIONAL] “Feels Like Summer” de Childish Gambino
“Pelo clima dela! De Verão! A sensação que essa faixa me traz eu não tinha sentido ainda.”
[MELHOR DISCO NACIONAL (BR)] Mal dos Trópikos de Makalister
“Não teve nenhum álbum desse ano que chegasse no teor do jovem Maka. O disco acabou saindo logo em Janeiro mas é um marco. Nasceu clássico, já!”
[MELHOR DISCO INTERNACIONAL] The Now Now de Gorillaz
“Eu senti o ápice da musicalidade nesse disco. Não que seja o máximo que o Damon Albarn consiga fazer. Mas para mim foi o máximo de musicalidade, o melhor que ouvi de Gorillaz até então. Chamou muito a minha atenção e continuo ouvindo até hoje.”
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