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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 24/04/2024

Uma playlist para celebrar os 50 anos do 25 de Abril.

“novos cravos, novas lutas”: 50 músicas sobre a Liberdade nas vozes do presente

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 24/04/2024

A celebração do 25 de Abril é indissociável do imaginário coletivo que nos é trazido em sob a forma de canções — a começar, claro, com “E Depois Do Adeus“, cantado por Paulo de Carvalho, e “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso, que serviram de senha para a revolução. São muitas as músicas, feitas antes e depois da queda do regime, que associamos àquela que foi a luta pela Liberdade, as suas conquistas, os sonhos, as desilusões.

Celebrar Abril é, também, continuá-lo, através de um contínuo lembrete do que a própria data e a sua simbologia significam. Decifrar permanentemente o sentido da palavra Liberdade e dar voz ao que dela ainda falta colher. Não deixa, por isso, de ser paradoxal que o assinalar dos 50 anos do 25 de Abril se faça num cenário político e social em que os valores conquistados em 1974 nunca estiveram tão em causa desde a fundação do estado democrático que surgiu da vontade do povo.

Como escreveu Gonçalo Oliveira no ponto-de-vista que assinalou o 9º aniversário do Rimas e Batidas, “a revolução pode voltar a ser uma canção”: “Portugal precisa que a música volte a ser um catalisador para a reflexão. Foi assim em 1974 e é necessário que o seja de novo já hoje.” E se é verdade que há medos e silêncios instalados, há que sublinhar que não deixam de existir vozes que se têm erguido para usar a canção como ferramenta de mudança, inconformismo e intervenção.

“Novos cravos, novas lutas. Mais encantos que disputas. Novas vozes a cantar” como nos diz Filipe Sambado no seu “Um Lugar na Mouraria”. Se é verdade que há tantas lutas que são exatamente as mesmas, mas com formas e processos diferentes daqueles de há 50 anos atrás, há tanto de novo, bonito e entusiasmante que podemos ouvir hoje na dita música de intervenção. Sejam as sonoridades, as narrativas, as pessoas, as lutas. A seguinte playlist serve para celebrar Abril homenageando quem o continua a fazer e questionar, partindo da premissa de que, como nos diz Xullaji, “A Luta Continua”. Viva o 25 de Abril!


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