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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 17/07/2023

Foi essencial no campo da bossa nova, do jazz ou da MPB.

Morreu João Donato, nome maior da música brasileira

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 17/07/2023

Morreu na madrugada desta segunda-feira, 17 de Julho, o lendário músico brasileiro João Donato. O multi-instrumentista tinha 88 anos. Durante a sua carreira prolífica, foi um colaborador essencial dos grandes nomes da bossa nova como Tom Jobim, Vinicius de Moraes e João Gilberto além de se ter tornado conhecido por fundir diversos géneros, como o jazz, o samba e as sonoridades caribenhas. Viveu nos EUA durante largos anos, reintroduzindo a estética afro-cubana no jazz.

Em nome próprio, lançou inúmeros discos (de originais, de versões ou ao vivo). “A Rã”, “Nasci para Bailar”, “Amazonas”, “Até Quem Sabe” ou “Simples Carinho” são algumas das suas canções mais icónicas. Trabalhou ainda com nomes como Gal Costa, Martinho da Vila, Gilberto Gil, Astrud Gilberto, Chico Buarque, Caetano Veloso, Arnaldo Antunes, Marcos Valle, Marcelo D2 ou o norte-americano Chet Baker, entre tantos outros.

A sua carreira foi verdadeiramente longa e recheada de projectos. Lançou o primeiro disco em 1956, Chá Dançante, mas o capítulo final da sua discografia, Serotonina, é de 2022. João Donato deixa um legado imenso ao ter sido um dos músicos mais presentes na história da música popular brasileira do século XX e do início do século XXI.

“Eu não sou bossa nova, não sou samba, não sou jazz, não sou rumba, não sou forró. Na verdade eu sou isso tudo ao mesmo tempo”, disse uma vez em entrevista à Globo.

“Foi um compositor genial, um músico fenomenal e importantíssimo na música brasileira”, descreve a cantora brasileira Anna Setton ao Rimas e Batidas. “Foi um compositor de músicas fundamentais na música brasileira, grandes sucessos e canções que realmente marcaram e que acho que vão ficar para sempre. Colaborou com artistas muito grandes e participou, enquanto arranjador e pianista, em canções de muitos outros. Deixou a sua marca de uma maneira muito especial. Tinha sempre uma alegria ao tocar, e trazia muito a sonoridade da música latina para a música brasileira, até porque ele era do [estado do] Acre. Eu sempre escutei muito, cantei e toquei as canções dele, e acho que é um compositor genial, que vai fazer uma falta imensa. Mas concerteza que não será esquecido, pois o legado é gigantesco. Para todos, para o MPB e para as pessoas da música instrumental, porque ele conseguiu fazer essa ponte. Deixo o meu obrigado, vai fazer muita falta e vamos seguir a fazer música para alegrar os dias, inspirada na alegria que ele nos trazia.”


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