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No final da semana passada, Peculiar lançou o videoclipe para “Mão Morta”, o primeiro avanço daquele que será o seu segundo EP.
Da fusão entre a tradição portuguesa, a electrónica e a canção pop nasceu o projecto dirigido por João Nicolau Quintela. Enquanto Peculiar, o artista e produtor deu-se a conhecer com quatro temas editados ao longo de 2023 — “Chora” motivou uma pequena entrevista ao Rimas e Batidas — que em Novembro culminaram no seu primeiro projecto Lágrimas de Pérola — observado à lupa por cá pelo próprio artista numa análise faixa-a-faixa. Na edição deste ano dos PLAY – Prémios da Música Portuguesa, o seu nome constou entre os nomeados para Melhor Videoclipe graças à peça visual de “Escura Noite”.
Quase um ano após esse inaugural curta-duração, Peculiar volta à carga com mais um single, “Mão Morta”, onde aborda a questão do fim do ciclo da vida em comunhão com histórias da mitologia popular portuguesa. Para este tema, contou com as ajudas de Cozy (co-produção), Tamiki (violino) e mixedwfinesse (mistura e masterização), enquanto que o vídeo ficou ao cargo da realização de Pedro Alves. Sobre esta canção que serve de amostra para um segundo disco, o autor revela que:
“Um dos meus maiores receios desde criança é a Morte e o mistério insondável que a envolve. Seja a morte da minha família, o medo de ficar sozinho, ou a minha própria morte, antes de conseguir alcançar os meus sonhos e objetivos. A personificação da Morte na Mitologia Popular Portuguesa e todas as histórias que lhe estão associadas, contadas de gerações em gerações, permitiram-me entender a importância de sabermos que o nosso tempo é limitado. Permitiu-me deixar de ver a Morte como algo negro e triste e passar a vê-la como o que dá sentido à nossa vida. Sabemos que independentemente de quem somos ou do que fizemos, a ‘Mão Morta’ há de sempre vir bater à nossa porta. São histórias como estas que nos ensinam a ser humanos outra vez.”
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