pub
Em Novembro de 2021, a propósito do lançamento do seu álbum de estreia, Mike11 dizia ao Rimas e Batidas: “Descobri o meu primeiro artista e o projecto dele tem tanta importância para mim como este meu álbum. O JACA é, na minha opinião, dos melhores artistas que Portugal vai ver, em comparação [com o que apareceu nos] últimos anos. É um jovem de 19 anos que sinto que foi talhado para ser produzido por mim. Descobri-o num estúdio à toa no Porto através de um amigo meu que achou que eu era capaz de gostar. Estamos agora a fechar o EP.”
Avançamos para Março de 2022 e “Ausência” é o primeiro vislumbre deste trabalho feito em conjunto por JACA com o autor de 19.2k (e Zoo), uma faixa em que se navega pelas cadências do drill e do r&b.
Em declarações ao ReB, o novato portuense abre o jogo sobre esta sua entrada para a Eleven World Records, aproveitando também para comentar aquilo que o inspira:
“Não existe assim nenhuma referência ou inspiração em específico para mim enquanto artista. A minha música resulta muito daquilo que eu sou ou sinto, no máximo relato o que me rodeia. Apesar de admirar vários artistas é mesmo o vínculo musical e pessoal com os envolventes comigo nos projectos, neste caso em especial o Mike11 e o Zoo, que resulta aquilo que ouvimos e interpretamos por Jaca. Creio que só assim consigo alcançar o auge da minha identidade musical, independentemente do género em questão. Sendo mesmo na pluralidade dos mesmos e nas suas diferentes abordagens que me encontro para criar.
O projecto surge através do vínculo estabelecido primeiramente entre mim e o Mike11. Vínculo que rapidamente se transforma numa relação familiar, pois ambos consideramos a música como algo que pode unir povos e gerações. Algo que realmente tem a força de mudar vidas e estados de espírito. Esse pensamento mútuo faz-nos pertencer a um núcleo muito reservado de pessoas que a vêm dessa forma, até que aparece o ZOO e comprova que não somos os únicos a observá-la assim. É esse encontro de ideias que fortifica o nosso laço. O Mike11 não só é inegavelmente um dos melhores instrumentistas em Portugal como tem uma percepção e sensibilidade artística diferente de todos. O ZOO é o terceiro ponto de união no nosso processo de criação e é quem consegue conectar as nossas ideias de forma a termos um fio condutor durante a música. O casamento das nossas ideias faz as coisas ficarem mais fáceis e o processo de emancipação da arte flui com muita naturalidade. Sendo eles duas das pessoas mais talentosas que vou conhecer na vida, é impossível o tema ser totalmente uma coisa 100% pessoal, pois tenho de transpor para palavras ao longo da composição todo o sentimento desses dois grandes artistas ao meu lado.”
Quanto a “Ausência” ser parte de um projecto maior, a dúvida fica no ar: “Vou deixar em aberto à especulação, aguardem novidades”.
pub