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Os Ferro Gaita estão a preparar o regresso a Portugal para um par de apresentações ao vivo, inseridas na comemoração dos 25 anos de actividade do grupo. A primeira acontece na Casa da Música (Porto, 6 de Abril) e a segunda no B.Leza (Lisboa, 14 de Abril) e as entradas custam 20 euros.
Surgem assim na agenda mais dois concertos de elevado calibre por parte da Ao Sul do Mundo, que celebrou recentemente uma década de vida na companhia da música de Paulino Vieira, um dos maiores símbolos na história que cruza as culturas portuguesa e cabo-verdiana. Foi esse o gancho para a entrevista a Luís Viegas, fundador desta agência que alberga alguns dos mais vibrantes talentos da nossa praça, que publicámos há uma semana.
Quem também carrega o sabor das ilhas no circuito dos sons da lusofonia são os Ferro Gaita, verdadeiros embaixadores do funaná, género musical tradicional de Cabo Verde que nasceu em torno de dois instrumentos típicos daquela região do globo, cujos nomes — ferro e gaita — inspiraram até a própria assinatura utilizada pela banda formada por Iduíno (gaita e voz), Bino (voz e ferro), Lobo (bateria), Pitó (cowbell e voz), Manel (congas e voz), Betinho (baixo) e Carlitos (trombone).
Figuras maiores da música cabo-verdiana — ao lado de nomes como Cesária Évora e Tito Paris — o legado dos Ferro Gaita tem-se manifestado enquanto influência para alguma da música do presente que vai surgindo no nosso país, contagiando os universos de artistas como Dino D’Santiago, Boss AC ou Julinho KSD. É essa grande história com mais de duas décadas que o grupo vai fazer representar numa nova investida pelos palcos portugueses, à boleia de trabalhos como Fundu Baxu, Rei Di Tabanka ou Bandera Liberdade.
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