pub

Fotografia: Kristie Kahns
Publicado a: 09/04/2021

Dar azo à imaginação (e à revolução).

Damon Locks: “A missão do artista é tentar imaginar o que pode ser possível”

Fotografia: Kristie Kahns
Publicado a: 09/04/2021

Afro-futurista punk, criativo, poeta, agitador e pedagogo, construtor de comunidades e dinamizador artístico, artista visual. Dínamo cultural. Descrever alguém que opera em múltiplos planos e dimensões é sempre tarefa ingrata e esse é, certamente, o caso de Damon Locks, principal instigador do colectivo Black Monument Ensemble que hoje mesmo edita em formatos digitais (as versões físicas só chegarão em Julho) o seu novo álbum, NOW, sucessor do extraordinário Where Future Unfolds, trabalho de 2019 igualmente lançado na editora de Chicago International Anthem.

Em conversa com o Rimas e Batidas, Locks revela ser um comunicador generoso, interessado em clarificar o seu posicionamento no mundo, sem rodeios quando se trata de falar sobre a sua arte, sobre a forma como orienta o seu colectivo. Em NOW, além de Locks na electrónica e sampler, destacam-se Angel Bat Dawid em clarinete, Ben Lamar Gay em trompete e melódica, Dana Hall na bateria, Arif Smith na percussão e um dilatado conjunto de vozes com Eric Tre’von, Erica Rene, Monique Golding, Philip Armstrong, Richie Parks e Tramaine Parker.

“O tempo”, escreve-se nas notas de lançamento, citando frase de Mattie Humphries de 1968, “é apenas a diferença entre saber AGORA e saber nada. Porque conhecer AGORA completamente é passado, presente e futuro”. Essa ideia atravessa o disco criado por Locks que, explica-se também nas notas, se interessa por trabalho que explora “The Black Nod” que, como ele diz, “é um reconhecimento não verbalizado que acontece frequentemente no mundo real – uma espécie de momento ‘estou a ver-te’ que é partilhado por pessoas negras.”

O Black Monument Ensemble traduz essa vibração cultural e vivencial afro-americana resultante de uma experiência única e singular, numa sociedade particular, num tempo tão estranho quanto presente. Mas Locks chega a este presente com uma bagagem e com uma história que remonta aos anos 80, quando, como ele nos revela, estava imerso na cultura punk e só pensava no apocalipse zombie, interesses que lhe ampararam o trabalho nas bandas Trenchmouth e The Eternals. Tem igualmente trabalhado, como também refere, no expansivo colectivo Exploding Star Orchestra dirigido por Rob Mazurek (o mesmo que o ano passado editou o belíssimo Dimensional Stardust) e colaborado em trabalhos de companheiros de percurso como Ben Lamar Gay ou Nicole Mitchell, entre tantos outros. E tem criado obra em múltiplas linguagens artísticas, das instalações ao bailado, com a sua arte visual a adornar álbuns de gente como Makaya McCraven ou Irreversible Entanglements, por exemplo.



O título do seu novo álbum, NOW, parece ecoar uma ideia que tem marcado o devir da música negra americana de uma forma muito clara nas últimas décadas: Marvin Gaye a perguntar What’s Going On?; Sly Stone a responder There’s a Riot Going On; os Public Enemy a exigirem “Bring The Noise”… Mas parece nunca ter existido um tempo tão estranho quanto este AGORA que o seu disco referencia…

Correctíssimo. Não no tempo de vida que já levo, pelo menos. É verdade que nós temos sido confrontados com muitos problemas que têm sido recorrentes ao longo das décadas, mas se a isso adicionarmos a liderança que tivemos nos últimos anos e a pandemia, posso dizer que nesta vida nunca tinha vivido uma situação assim. Portanto, tendo em conta, particularmente, a pandemia, este pareceu-me um momento para comentar ou documentar. O nosso álbum anterior, Where Future Unfolds, saiu em 2019, foi gravado em 2018, com muito do material a ter sido escrito no par de anos anterior a isso. Portanto, senti mesmo o ímpeto para criar algo novo, que levasse o Black Monument a dizer algo sobre este clima presente. Queríamos perceber a que soávamos, tendo em conta o “ruído de fundo”…

Falemos um pouco sobre o Black Monument Ensemble: o que diria que é a linha invisível que une todos estes talentos, qual é a cola que faz de vocês um colectivo? E isto, claro, para lá da sua visão e liderança…

Penso que o Black Monument Ensemble é uma forma de continuar uma longa e premente conversação que foi iniciada por outros artistas. Penso também que trabalhar sobre a ideia de comunidade era algo que me interessava muito e uma das ideias de fazer isso… musicalmente… era reunir muitos músicos [risos], artistas, cantores, de todos os cantos de Chicago, trazendo as suas diferentes perspectivas, os seus diferentes talentos para trabalharem no material. O grupo, quando está na sua versão mais dilatada, pode ter 16 ou 17 pessoas. Quando se pega nas ligações de cada um, nas pessoas com que cada um dos membros trabalha, de repente está-se perante uma muito mais vasta rede de gente, de artistas, de vozes, todos ligados à música e aos sons e ao movimento que está a decorrer. A mim interessava-me essa diversidade de perspectivas, assente numa ampla amostra de idades de gente que vem de todos os lados de Chicago. Por isso, penso que uma das coisas maravilhosas do Black Monument Ensemble é que, embora eu possa estar a conduzir o projecto, ele contém a voz de muita gente diferente.

E o que é que existe na água em Chicago [risos] que alimente tamanha diversidade de talentos? Os projectos que actualmente se desenvolvem nessa cidade são incríveis…

[Risos] Bem, provavelmente o que temos na água são contaminantes, chumbo, e isso não é bom… Chicago tem uma história riquíssima, uma história musical incrível, mas também, desde que cá cheguei, em 1988, percebi que já havia muita gente que trabalhava em criação há muito tempo e isso fez da cidade um espaço muito acolhedor para quem trabalha na música, nas artes. E penso que estes tempos difíceis recentes só fortaleceram essa comunidade, e de várias maneiras diferentes. Muitas das coisas que acontecem agora têm raízes já estabelecidas por causa desse trabalho passado, mas as dificuldades levaram as pessoas a aproximarem-se ainda mais. E sinto que neste tempo duro as pessoas comuns se aproximaram das artes de formas que talvez antes não se manifestassem. Um amigo meu disse-me algo como “ser artista durante o apocalipse não é algo de muito útil” [risos], mas penso que o que se tem passado nos trouxe mais perto do apocalipse do que alguma vez estivemos e o que vimos, precisamente, foi as pessoas a acercarem-se das artes. As pessoas, em casa, olharam para os computadores para encontrarem dança e música e poesia. Tem sido um período revelador, eu diria.

Bem, eu penso que ser artista durante o apocalipse se possa revelar bastante útil caso alguém decida contratar esse artista para criar a banda sonora do apocalipse, para pintar o retrato do apocalipse… Mas, o que eu tenho lido em tempos recentes, e nem sequer apenas acerca de Chicago, mas também de Nova Iorque ou Los Angeles, é como a música é importante para suportar a criação e desenvolvimento dessas comunidades.

Sim, sinto o mesmo. Gosto de olhar para as diferentes artes como formas de ajudarem a gerar novas formas de pensamento. Portanto a música e as artes visuais e a dança e a poesia… estas são todas formas de arte que salvam vidas. Quando são estimuladas e quando são propostas às comunidades como opções de expressão, elas têm o poder de mudar a vida dessas pessoas. Acredito nisso.

E olhando para o passado, quais diria que foram os modelos que o inspiraram a usar a música e a arte como ferramentas para a construção e fortalecimento dessas comunidades?

Bem há muita coisa que usei como inspiração e a que recorro. Em Chicago, houve um colectivo artístico, nos anos 60, chamado AfriCOBRA que foi muito inspirador para mim: faziam arte para a comunidade negra, mantiveram os preços das suas obras muito baixos para que as pessoas pudessem adquirir as suas peças, incluíam nos seus trabalhos mensagens que acreditavam serem importantes para as comunidades negras ouvirem. Era um colectivo muito bonito e realmente inspirador. O AACM é super inspirador também. Houve uma mulher, Dra Margaret Burroughs, ela fundou o DuSable Museum, mas também foi poeta, tipógrafa, ensinou no Stateville Correctional Center, onde eu também dou aulas: ela ensinou arte onde eu também ensino. Há muita gente espantosa que se impôs como exemplar: artistas, actores como o Ossie Davis e a Ruby Dee, que souberam usar a sua plataforma para chamarem a atenção para muita gente. Há realmente grandes modelos no passado que nos deixaram grandes lições com que todos podemos aprender.

Mencionou o seu papel como pedagogo ligado ao sistema prisional americano, algo que, presumo, seja uma experiência tão dura quanto enriquecedora. Pode falar-nos um pouco de como essa actividade o tem marcado?

Ensinar na Stateville, que é uma prisão de alta segurança para homens, transformou a minha vida de maneiras que nem sei, mas posso dizer que esclareceu o foco da minha atenção, e ajudou-me a perceber que… bem, na verdade eu já sabia, mas ajudou-me a ver de forma mais clara que gostaria que a minha arte e a minha música registasse um impacto em gente que não estivesse necessariamente ligada ao mundo das artes ou até a uma cena musical. Como é que se fazem ligações e como é que se faz música e arte que alcance gente que pode não ter passado tempo algum em escolas de arte ou em bares e clubes? Por isso mesmo, trabalhar em projectos que trouxeram as vozes de pessoas que estão atrás das paredes de prisões até perto de outras pessoas que até aí não as podiam ouvir foi muito importante e teve um enorme impacto em mim mesmo. Penso nas dificuldades que estas pessoas que estão sujeitas ao nosso sistema judicial têm que enfrentar, penso nos estudantes que frequentam escolas em áreas debilitadas, sem fundos, desprotegidas e depois penso em como a arte pode ser uma ligação e uma inspiração. E depois imagino maneiras de tornar o meu trabalho acessível, mas também como me posso ligar às comunidades onde ensino ou onde me apresento para tocar. A prisão, essa realidade, mudou a maneira como vejo o mundo.

Muito bem, obrigado. De volta ao Black Monument Ensemble: este colectivo inclui gente carregadíssima de talento, pessoas como Ben LaMar Gay ou Angel Bat Dawid, por exemplo, que até dirigem os seus próprios grupos. Como é que se trabalha com gente assim, de que formas consegue canalizar as suas visões através dos seus talentos particulares?

Bem, a parte mais difícil, devo dizer, é mesmo organizar as agendas [risos]. O que dá mais trabalho são mesmo os e-mails… [risos].



A dificuldade é logística, então, não artística…

Logística, sem dúvida, essa é a parte mais complicada. Aprendi muito com o Rob Mazurek, por trabalhar com ele na Exploding Star Orchestra. O que ele faz comigo no âmbito desse grupo é estabelecer uma espécie de estrutura, uma base, e deixa-me ser eu mesmo no contexto que ele desenha e orienta, confiando que eu faça o que eu gosto de fazer. Por isso, neste colectivo, o meu objectivo é estabelecer também uma estrutura base, criar a canção, deixando espaço para que cada músico possa acrescentar o que quer que possa estar a sentir. Se eu não gostar [risos], posso até dizer alguma coisa, mas eu escolho, para trabalhar comigo, gente cuja sensibilidade tem pontos de contacto com a minha, e por isso o que quer que eles tragam para a peça a maior parte das vezes é brilhante.

Dana Hall é um educador, um mestre músico de jazz; o Arif Smith é um educador e um percussionista fenomenal para lá do que eu mesmo consigo perceber, por isso qualquer coisa que eu lhes leve vai obter uma resposta que eu nem sequer pensei ser possível. Neste contexto não é, por isso, grande ideia ser demasiado controlador, ser ditatorial acerca do que se quer que outras pessoas façam, sobretudo quando elas têm um conhecimento sobre os seus próprios instrumentos muito mais profundo do que o meu. No fundo, portanto, trata-se de estar ligado na mesma vibração, e criar uma atmosfera ou um ambiente em que as pessoas possam sentir que a sua contribuição está a ser honrada e em que elas saibam que têm a liberdade para serem elas mesmas dentro do grupo.

E como é que isso se alcança, falando em termos práticos? Antes de uma sessão costuma haver algum jantar colectivo, ou alguma palestra? Algum ritual ou um hábito recorrente que goste de usar para levar as pessoas a entrarem no comprimento de onda que pode querer sintonizar num determinado momento?

Essa é uma boa pergunta. Penso que não será tanto um ritual per se, como um jantar ou isso – embora deva dizer que gosto de manter toda a gente bem alimentada [risos] –, mas antes uma amizade que é cuidada, uma ligação que se estabelece quando nem sequer estamos a tocar, que vem de outros contextos. Ao longo desta pandemia tive mesmo o cuidado de me manter ligado aos músicos, mesmo não havendo quaisquer concertos. Por isso eu mandava-lhes mensagens, ligava-lhes para saber como andavam, se via um documentário interessante partilhava-o com as pessoas, tinha conversas sobre o que quer que se pudesse estar a passar. Acho que esse tipo de laço é talvez a força do grupo. Não é tão importante para mim contratar pessoas, mas antes ter à minha volta pessoas a quem me sinto ligado na minha vida normal. E se nos sentimos ligados nas nossas vidas, então é mais fácil juntar a vibração e a música.

A Angel Bat Dawid passou ali um mau bocado, contraiu o vírus e esteve hospitalizada, como de resto fez saber nas redes sociais. Imagino que tenha feito questão que ela recebesse a sua boa e positiva energia porque é o que mantém o colectivo a funcionar, certo?

Fiz o meu melhor, sim. Na verdade, falei muito com o Scottie lá da International Anthem, mandei muitas mensagens, certifiquei-me que os outros membros do grupo eram mantidos a par da condição dela, as pessoas também lhe iam ligando. Sim, foi muito bonito ver como toda a gente se uniu. Descobri mais tarde que uma das nossas cantoras, Erica [Rene], também contraiu o COVID-19. Ela não chegou a ser hospitalizada, e de alguma maneira essa informação não me chegou aos ouvidos, mas quando soube também fiz questão de saber que ela estava bem. Mas sim, tem sido… como sabe, é muito importante apoiar os nossos amigos, a nossa família, nesta altura.

Sem dúvida. Diga-me, quanto do que ouvimos no álbum é o resultado final do que se gravou durante os três dias de sessões no Experimental Sound Studio? Ou esse material foi muito retrabalhado em termos de pós-produção?

Bem, diria que houve uma certa quantidade de audição retrospectiva… A mistura, em geral, foi um desafio. O Alex (Inglizian) e eu fomos trabalhando através da Internet, com auscultadores, porque não podíamos estar juntos. E, eventualmente, depois de termos tentado um par de vezes este método, concluímos que seria boa ideia o Alex fazer algumas misturas sozinho, recebendo depois o meu feedback, mas tirando a sessão com o Arif, o Ben e o Dana, que foi separada, eu tive aí uma ideia para um tema que ainda não está acabado [risos]. Toquei com o Dana e o Arif com o meu sampler, gravámos 20 minutos de material, e quando o Ben chegou, peguei nos mesmos samples e fizemos mais uma gravação. Depois peguei em todo esse material e criei algo com ele: portanto essa peça foi tocada em tempo real, mas o resultado final fui eu que o montei mais tarde. Coisas assim também aconteceram, mas espero que se tenham mantido no mesmo espírito do projecto mais alargado. Acho que diferentes técnicas são perfeitamente válidas.

Curiosidade técnica: que sampler usa? Ou tem mais do que um?

O SP-555, um sampler da Roland. Fui seguindo a linhagem dos Dr. Samplers da Boss ao longo dos anos e depois acabei por chegar à SP-555. Adoro-o. É um dos meus melhores amigos [risos].

Muito bem. Mais um par de questões: sente-se no mundo uma certa tendência de mudança, mesmo em Portugal, com questões de raça, colonialismo histórico, a entrarem finalmente numa esfera de discussão pública mais ampla. Houve uma revolução democrática em 1974, ano em que deixámos as colónias que tínhamos em África, mas nunca houve uma discussão profunda, não na minha geração pelo menos, sobre os efeitos desse período da nossa história. Começa agora a ser uma discussão aberta, ao mesmo tempo que, noutro espectro, se sente também um crescimento da extrema direita, que, aliás, se esta a registar em toda a Europa. Mas, pergunto-lhe, quando pensa no futuro, sente esperança? É que toda esta mudança e agitação que se vive inclusivamente nas ruas, como vimos na América, parece, em parte pelo menos, ser uma consequência da própria pandemia…

Hum… Bem… Quando era mais novo interessei-me muito pela cena punk, ok? E nessa altura eu sentia-me mesmo muito atraído pelo… apocalipse. Eu gostava de filmes de zombies, do Blade Runner, gostava destas visões mais sombrias do mundo que parecia exactamente retratar o futuro que estávamos a construir…

No future”…

Exactamente. Mas agora que estamos a viver num momento que se assemelha muito a esse apocalipse, estou bem menos interessado em viver nesse mundo. Talvez seja a minha natural inclinação antiestablishment: gostei do apocalipse antes de toda a gente gostar do apocalipse… e isto é obviamente uma piada [risos]… Mas eu penso que a missão do artista agora é tentar imaginar o que pode ser possível e lutar para fazer isso acontecer. Isso era, na verdade, o que eu estava interessado e empenhado em estudar e pesquisar entre o álbum Where Future Unfolds e o Now. Enquanto que o Where Future Unfolds resultava de uma série de anos que eu passei a perguntar “what is going on?”, “o que é que se passa?”, “há coisas horríveis a acontecerem e ninguém está a reagir a isso”. E agora que os focos luminosos se encontram sobre todas estas coisas terríveis e recorrentes em torno da raça e do género e desigualdade, ou seja, a nossa vida do dia-a-dia, o que é que o Black Monument teria a dizer? Sinto que cheguei a “Now (Forever Momentary Space)” pensando numa peça em que eu olho para um momento e me questiono sobre o que pode ser possível. Esse momento existe fora da linha do tempo e é AGORA e por isso acredito que há sempre um momento disponível para fazermos o que nunca foi feito antes ou fazer algo novo ser possível. Esse momento é AGORA.

Para terminar: acredito que esteja ansioso para levar este NOW para o palco. Já há planos para isso?

Bem, ainda há um grande ponto de interrogação sobre tudo, mas já há alguns planos: estou a falar com o Art Institute aqui em Chicago para fazermos uma apresentação em Julho, possivelmente. Há também conversas continuadas sobre um concerto que deveria conter toda uma nova suite de música e que deveria ter acontecido em Outubro último, mas que poderá acontecer em Outubro próximo o que quereria dizer que já toda a gente estaria vacinada e que já podemos regressar aos ensaios para montarmos tudo para voltarmos a tocar. Também estamos lentamente a regressar às conversas sobre uma curta viagem à Europa em Novembro, em torno do festival Le Guess Who. Só alguns concertos em torno dessa data. Portanto, tudo ainda em aberto, mas para já são esses os planos.


pub

Últimos da categoria: Entrevistas

RBTV

Últimos artigos