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Texto: ReB Team
Fotografia: shamaal
Publicado a: 24/07/2020

Novas estrelas, velhos espíritos e batidas em retirada.

Sexta-feira farta: novos trabalhos de Flo Milli, Kamaal Williams, Selma Uamusse, Jessy Lanza ou Logic

Texto: ReB Team
Fotografia: shamaal
Publicado a: 24/07/2020

Para se ser uma estrela mundial hoje em dia, o que é que interessa mais: passar na rádio ou invadir o Tik Tok? Bem, não temos uma resposta final para isso, mas podem encontrar um dos fenómenos da última plataforma a dar tudo no seu primeiro esforço mais longo. Quanto ao resto, há, como já e habitual, um pouco de tudo: jazz-funk-espiritual britânico, emoção pura no microfone, pop bizarra que não se esconde de experimentar e rap de alta costura.

Bruno Pernadas (Patrick OST), Dead End (Disorder), Jon Hassell (Seeing Through Sound), Lupe Fiasco & Kaelin Ellis (HOUSE), Hudson Mohawke (Heart Of The Night) e Sada Baby (Bartier Bounty 2) fecham a ronda desta semana.


[Flo Milli] Ho, why is you here?

Começamos por responder à pergunta que o título coloca: Flo, estamos aqui para te ouvir! A mixtape de estreia acaba de sair, mas os cosigns multiplicam-se desde que os singles se tornaram hits no Tik Tok: nos últimos meses, Janelle Monáe, Pink Siifu, Chika, bbymutha, Doja Cat, Ric Wilson e Moses Sumney deixaram o seu apreço pela música da rapper no Twitter. Para os fãs de Megan Thee Stallion e DaBaby.


[Kamaal Williams] Wu Hen

O segundo álbum a solo do teclista Kamaal Williams tem que sobreviver a algumas expectativas. É que o trabalho a meias com o baterista Yussef Dayes, no aclamado Black Focus de 2016, permanece uma (primeira) pedra-de-toque para a vibrante cena do jazz britânico. Com Wu Hen, álbum que segue a The Return, a aposta recai no território do jazz-funk e a fortaleza de Williams: o seu “Wu Funk”, onde diz abarcar estilos como o jungle, o grime e a música house.


[Selma Uamusse] Liwoningo

Em 2018, quando Selma Uamusse editou o aguardado álbum de estreia, não só tinha sido adiado ao ponto do primeiro teledisco já ter completado dois anos de vida: a cantora moçambicana já estava a preparar o sucessor. Convidou Guilherme Kastrup, produtor carioca reputado pelo trabalho em A Mulher do Fim do Mundo de Elza Soares, e gravou Liwoningo. Tó Trips, Milton Gulli dos Cacique 97 e a nova nata artística de Moçambique, como Deltino Guerreiro e Isabel Novella, são outras das participações num disco emotivo e de fina instrumentação.


[Jessy Lanza] All The Time

Os singles anunciavam ao que vinha a canadiana Jessy Lanza no seu terceiro álbum: raiva filtrada em pop diáfana, espástica, tão mais dissonante quanto apetecível pela manipulação vocal e a bizarria dos ritmos. Em All the Time, Lanza e o músico Jeremy Greenspan – metade do duo Junior Boys – escavam um fosso entre as confissões (enganosamente) soalheiras de “Lick in Heaven” e a polirritmia oca de “Face”. Como sempre, com ascendência no r&b progressivo de Aaliyah, o footwork de DJ Rashad e as luminárias pop do Japão.


[Logic] No Pressure

Aquele que é, supostamente, o seu último projecto musical é, também, o melhor conjunto de músicas que lançou nos últimos anos. Sem pressões, e se calhar Logic só deveria criar com essas condições, há fluidez do início ao fim com o rapper, 6ix e No I.D a assumirem a responsabilidade de levar o barco a um porto nesta viagem final. To be continued no Twitch


[Curren$y & Harry Fraud] The OutRunners

A relação entre MC e produtor começou em 2010 num tema, “So High”, de French Montana, mas foi em 2012 que o casamento foi consumado com o EP Cigarette Boats. Os seis anos de relacionamento foram comemorados com The Marina EP, em 2018. Dois anos depois, o par volta a mostrar que o amor continua lá: The OutRunners é a prova disso e Wiz Khalifa, Rick Ross, Conway The Machine e Jim Jones são as testemunhas.

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