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Texto: ReB Team
Fotografia: Ana Viotti
Publicado a: 24/07/2020

Música para filmes.

Bruno Pernadas sobre Patrick OST: “Percebemos que o ideal seria criar um compromisso entre a música electrónica e a música acústica”

Texto: ReB Team
Fotografia: Ana Viotti
Publicado a: 24/07/2020

Esta quinta-feira, dia 23 de Julho, Patrick, a primeira longa-metragem de Gonçalo Waddington enquanto realizador, chegou às salas de cinema, e a banda sonora foi criada por Bruno Pernadas.

Um dia depois de ficar disponível no grande ecrã, a BSO aterra no Spotify, através da Sony Music Portugal, onde encontramos cinco faixas, “Walking in Paris”, “Patrick Main Theme”, “Patrick String Quintet”, “My Name Is Not Mário” e “Leaving Paris”.

No meio das gravações do sucessor de Worst Summer Ever e Those Who Throw Objects at the Crocodiles Will Be Asked to Retrieve Them, ambos lançados em 2016, o músico e compositor respondeu a quatro perguntas sobre a criação da música para o filme.



Desconhecendo ainda do que trata a obra do Gonçalo Waddington, que nos podes dizer sobre o que te foi pedido em termos de trabalho de score para o filme? 

Já tinha trabalhado com o Gonçalo Waddington em duas criações dentro da área do Teatro/Artes Performativas, uma de sua autoria, O nosso desporto preferido (segundo volume) e outra enquanto apoio à dramaturgia, A origem das espécies, de Carla Maciel, Marco Paiva, Crista Alfaiate e Paula Diogo. Quando surgiu o convite para criar a banda sonora do Patrick, trocámos muitas ideias e referências musicais, muitas das quais serviram apenas como uma primeira abordagem.

Numa primeira fase achámos que a banda sonora do filme estaria mais próxima de ambientes de música electrónica/landscape. Mais tarde percebemos que o ideal seria criar um compromisso entre a música electrónica e a música acústica, de modo que sugeri escrever e gravar com um ensemble de cordas com alguns instrumentos extra, como o piano, guitarra eléctrica, flauta, percussão, clarinete baixo, etc.

Tens oscilado entre registos mais “pop” ou mais “jazz” nos trabalhos editados. Que zonas estéticas exploras nesta banda sonora? 

Sim, tenho oscilado entre vários registos, onde a música pop e a música jazz fazem parte. Para este trabalho decidi explorar algumas texturas mais contemplativas, intemporais e nostálgicas. Numa primeira audição poderíamos dizer que esta banda sonora está mais próxima da música erudita do que qualquer outro género.

Com que músicos trabalhaste e onde gravaste este trabalho?

Gravei a maior parte da música nos Estúdios da Valentim de Carvalho. O piano de longa cauda foi gravado no Estúdio Timbuktu e as gravações adicionais fiz em casa. Para este trabalho tive o prazer de trabalhar com Nuno da Rocha, que dirigiu o ensemble e ajudou-me na orquestração e edição de partituras. Os restantes músicos que participaram foram: João Vieira de Andrade (primeiro violino), Marcos Lázaro (segundo violino), Cátia Santos (viola de arco), Raquel Merrelho (violoncelo), António Quintino (contrabaixo), Dina Hernandez (flauta transversal), Micael Pereira (flugelhorn), João Capinha (clarinete baixo e saxofone soprano) e João Pedro Coelho (piano).

Eu gravei guitarra eléctrica, baixo eléctrico, sintetizadores e percussão. A mistura e masterização esteve a cargo do Tiago de Sousa.

Sai esta sexta-feira no Spotify. Alguma edição física planeada para mais tarde?

Por enquanto não, embora gostasse de ter uma edição em vinil, obviamente.


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