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Entre 4 e 24 de Novembro, o Novembro Jazz regressa à Casa da Criatividade, em S. João da Madeira, com muitos dos novos talentos nacionais na montra.
Numa curadoria conjunta de Gisela Borges e do director do Rimas e Batidas, Rui Miguel Abreu, a programação deste ano vai além da música ao vivo. A juntar aos concertos, o Novembro Jazz’23 terá também DJ sets, conversas, uma feira ou uma exposição com trabalhos do artista plástico Carlos Quitério, entre outras novidades que serão reveladas a seu tempo. Numa apresentação à imprensa, ontem mesmo em São João da Madeira, Gisela Borges destacou os novos desafios que este festival nascido em 2018 assume na sua edição de 2023: “Apesar de termos contado com artistas internacionais em edições anteriores, como aconteceu o ano passado com o pianista brasileiro Amaro Freitas, agradou-nos a ideia de alargar o numero de concertos para o dobro e apostar sobretudo em novo talento nacional”. Por outro lado, Jorge Vultos Sequeira, presidente da autarquia, destacou a aposta de São João da Madeira na cultura e o seu compromisso com as novas gerações: “O Novembro Jazz integra uma estratégia muito definida de valorização da oferta cultural para os nossos munícipes, com programas diferenciados que não apenas sirvam a nossa comunidade, mas também territórios circundantes”.
Num cartaz bastante vasto em termos de sonoridades, destaca-se a aposta nos nomes que vão ajudar a ditar o futuro da cena jazz no nosso país, muitos deles autores de projectos aos quais a nossa publicação tem prestado especial atenção.
A primeira a entrar em cena é Raquel Martins (dia 4), cantautora e guitarrista do Porto actualmente sediada em Londres que recorreu aos ensinamentos da bossa nova para chegar ao seu novo Empty Flower, que teve oportunidade de dissecar em entrevista à nossa publicação. O dia 10 de Novembro está reservado para a apresentação de Margarida Campelo, cujo álbum de estreia Supermarket Joy teve direito a crítica (e também entrevista e faixa-a-faixa) no ReB e foi descrito por João Spencer como um trabalho bastante plural, “onde não só cabem os universos indie e jazz dentro dos quais nos habituámos a ouvir a artista, como também neo-soul, r&b e um certo sentido de experimentalismo que confere a atitude destemida deste disco”.
Dia 11 há dupla presença no cartaz que será dividido entre a vibe espacial de Azar Azar (que nos falou sobre o seu mais recente Cosmic Drops em Março) e o espírito assumidamente aventureiro do trio formado por Rita Maria, João Mortágua e Mané Fernandes em Quang Ny Lys, álbum editado no final de 2022. João Pedro Coelho é um dos mais promissores pianistas portugueses e, após ter passado por projectos de Bruno Pernadas ou Ricardo Toscano, estreou-se enquanto bandleader há um ano atrás com Crónicas, longa-duração que apresenta em S. João da Madeira no dia 17.
Na penúltima sessão, a dia 18, há nova dose dupla de espectáculos: os primeiros a subir ao palco são os Mazarin, quinteto que defende o jazz enquanto aliado das batidas e está associado à Monster Jinx, ficando a última parte da noite entregue a AMAURA, que ainda ontem esteve em foco por estes lados devido à publicação da entrevista em que falou com Rita Matias dos Santos sobre o seu novíssimo SUBESPÉCIE. A fechar esta edição do Novembro Jazz estará João Barradas (dia 24), músico que tem trazido o acordeão para o centro do debate, elemento que certamente se destacará numa performance que decorre na companhia da Orquestra de Jazz de Espinho.
Os bilhetes para a edição 2023 do Novembro Jazz na Casa da Criatividade em São João da Madeira serão colocados à venda no próximo dia 5 de Julho.
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