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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 18/05/2022

Filme-performance em tela digital.

Esta sexta-feira, os Beautify Junkyards estreiam Cosmorama Moving Images no Vimeo

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 18/05/2022

Os Beautify Junkyards vão estrear uma curta-metragem no próximo dia 20 de Maio, às 21 horas. Cosmorama Moving Images estará disponível para aluguer através do Vimeo.

Teve como inspiração as londrinas “Cosmorama Rooms” e peças como Movie Drome, do realizador experimental norte-americano Stan VanDerBeek. O filme-performance da banda liderada por João Branco Kyron foi idealizado e produzido entre o final de 2021 e o início deste ano e consiste numa actuação ao vivo captada numa sala apetrechada com vários projectores — os vídeos transmitidos foram criados especialmente para esse efeito. Pelo meio, há interlúdios com poemas-surrealistas-visuais de Justin Hopper, colaborador habitual da Ghost Box Records, a editora britânica que tem carimbado os lançamentos do grupo.

A equipa de produção Maus da Fita ficou responsável pela realização do filme, com a captação e mistura do áudio deixada ao cargo do engenheiro de som Artur David — as gravações decorreram ao vivo e em multipistas, sem direito a “repetições”. No press release, Cosmorama Moving Images é descrito como uma peça de “ambiente labiríntico” e propícia à “formação de portais de espaço e tempo, que os espectadores são convidados a atravessar.”

Numa troca de e-mails com a redacção do Rimas e Batidas, Kyron dissecou a nova investida artística dos seus Beautify Junkyards.


Cosmorama from beautify junkyards on Vimeo.


Falam de ir buscar inspiração a “Cosmorama Rooms” da Londres vitoriana e trabalhos como Movie Drome do cineasta experimental americano Stan VanDerBeek. Podem desenvolver um pouco mais sobre o que foram à procura nessas inspirações, o que retiraram de lá e que twist vosso deram?

As salas “Cosmorama” já haviam sido inspiração para o álbum que lançámos no ano passado e, quando tivemos a ideia de conceber um filme à volta de uma actuação da banda, pensamos em estender esse conceito à projecção de imagens que se relacionassem com a nossa música, mas desta vez numa dinâmica de vídeo em vez de imagens estáticas. É aí que entra o Stan VanDerBeek, um dos seus trabalhos Movie Drome consistia em ocupar uma sala com múltiplas projecções em paralelo e em diferentes formatos. Esse trabalho foi a grande referência para o nosso filme, ocupámos um armazém na zona oriental e criámos diversos vídeos que foram projectados em paralelo em diferentes superfícies durante a actuação da banda, funcionando com uma espécie de portais de espaço e tempo, criando um ambiente labiríntico. Além da actuação da banda também há no filme uma série de poemas-visuais mais abstractos e que contam com a participação do escritor americano Justin Hopper, radicado no Reino Unido e colaborador frequente da Ghost Box Records, a mesma editora a que os Beautify Junkyards estão ligados.

Como é que este filme acaba a estrear no Vimeo?

O filme vai estrear no OnDemand do Vimeo que permite disponibilizar trabalhos de cariz mais alternativo, numa óptica de aluguer. Os Beautify Junkyards têm bastantes seguidores fora de Portugal (por exemplo nos EUA, Reino Unido e Itália que estão sempre no nosso top de ouvintes do Spotifiy) e é uma boa forma dessas pessoas poderem experienciar a banda com maior proximidade. O filme também tem o propósito de servir como apresentação às nossas actuações ao vivo e, como agora estamos numa fase de marcação de concertos em Portugal e fora de PT, servirá também para divulgação junto aos programadores.

A grande vantagem do Vimeo é que as pessoas que aluguem o filme poderão visualizá-lo em qualquer dispositivo, se bem que aconselhamos que seja visualizado num dispositivo com boa imagem e som, para usufruírem ao máximo da experiência.

Adicionalmente ao Vimeo, estamos também a inscrever o filme em alguns festivais de curtas e a tentar marcar algumas exibições em sala.

Diz que não houve qualquer “gravação adicional”. Houve muito ensaio para existir o mínimo de erros ou a ideia foi deixar transparecer a banda no seu modo mais natural?

Houve muito ensaio, queríamos mesmo registar o momento sem “interferências” posteriores, para isso foi fundamental o Artur David que é o nosso engenheiro de som e que instalou um sistema de gravação multipistas com condições de audição que nos permitiram estar totalmente concentrados e sensíveis ao espaço e ao ambiente. Fazíamos um primeiro take para “aquecer” e depois um take mais definitivo. Existem nuances na actuação que normalmente teríamos tendência para corrigir, mas decidimos não o fazer, tal como se de um concerto se tratasse.

Saliento também o trabalho primoroso de filmagem e edição que a equipa da Maus da Fita efectuou, são super talentosos e houve uma grande sintonia em todos os estágios do processo.


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