O primeiro volume deste registo antológico dos África Negra sai no dia 1 de Abril pela Bongo Joe. Antologia, Vol.1 já tem dois avanços disponíveis: “Vence Vitória”, tema que, originalmente, entrou no alinhamento do álbum de estreia, editado em 1981, e “Ple Can”, parte do disco Que Colo de Anzu (2012).
Formada oficialmente em 1974, a lendária banda santomense vai ver, para já, o seu repertório revisto em duas fases: a primeira, que chega daqui a menos de dois meses e que desembocará numa tour europeia no Verão de 2022, reúne “faixas-chave” que foram “remasterizadas para esta ocasião” e recolhidas de locais onde foram oficialmente lançadas; a segunda, que também estará “para breve”, só contém material que nunca foi lançado e que vem directamente dos arquivos da RNSTP.
Em 2019, Rui Miguel Abreu escrevia sobre o mais recente trabalho dos AN, Alia Cu Omalí, lançado pela Mar & Sol:
“Ao contrário do que aconteceu, por exemplo, com a ‘toda poderosa’ Orchestre Poly-Rythmo do Benin nos discos que gravaram para a Strut e para a Because Music em 2011 e 2016, respectivamente, com os África Negra resistiu-se, inteligentemente, a qualquer tentação que porventura pudesse existir (e às vezes isso parte dos próprios músicos, não dos editores ou produtores) de ‘modernizar’ o som.”
Esta abordagem da editora da Suíça à música de São Tomé e Príncipe tem o dedo de DJ Tom B., curador que já tinha dedicado atenção às ilhas na compilação Léve Léve: São Tomé & Principe Sounds (70s-80s) e na reedição de Maguidala, projecto de Pedro Lima.