[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTO] Sara Coelho
Pedro Coquenão é um homem com uma missão. A actuação no Palco NOS Clubbing trouxe a oportunidade de falar para um público diferente do habitual e o activista musical não desperdiçou esse momento, usando e abusando da suas vias de comunicação (som e imagem) para passar a mensagem que pretende.
“Não sei se faço dança ou música. Para mim, as duas estão interligadas”, atirou o cérebro de Batida logo no início do concerto, uma espécie de síntese do que viria mais para a frente. Com vídeos curtos a antecederem alguns temas, o produtor montou um espectáculo completo que incluiu Gonçalo Cabral (bailarino) e 3 músicos.
Conversador e interventivo, Pedro Coquenão causou alguma confusão na audiência quando perguntou se racismo era crime, uma questão que deixou grande parte das pessoas sem resposta. Para levar o espectáculo para a frente foi necessário que se repetisse várias vezes até existir um entendimento. Ninguém estaria à espera de ser questionado sobre este assunto num festival de Verão, mas os assuntos importantes surgem quando menos esperamos…
No alinhamento, é de salutar a potência de temas como “Bazuka (Quem me Rusgou)” e “Pobre e Rico”, duas faixas que vão envelhecendo da melhor forma. Corpo e alma agitados pela música de Batida, a melhor maneira de terminar o primeiro dia do NOS Alive.