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Publicado a: 25/03/2018

Flora Matos no Musicbox: Máximo respeito!

Publicado a: 25/03/2018

[TEXTO] Núria R. Pinto [FOTOS] MAJU

Quando entrámos no Musicbox, MC Ary já ocupava o palco para dar início àquela que seria uma noite de muito calor e energia no Cais do Sodré. Mais tarde, o espaço lisboeta receberia Flora Matos e mais uma edição das icónicas Noites Príncipe: sinal de alerta vermelho devido às temperaturas altas que se iriam fazer sentir. O autor de “Rafeiro” subiu acompanhado dos seus “bons malandros” para soltar, entre outras faixas, alguns dos novos singles — quatro, para sermos mais precisos — e reunir as hostes, como mandam as regras de um verdadeiro mestre de cerimónias.

 


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Começa a ser um hábito assistirmos ao Musicbox esgotar a sua capacidade para dar as boas vindas aos nomes desta nova e entusiasmante vaga do hip hop brasileiro. Vimo-lo acontecer com Emicida, Rincon Sapiência e, ontem à noite, com um furacão de palco chamado Flora Matos.

“Eu não te disse que ela tinha presença? Grande power, puto” murmurava-se, ao fundo da sala, pouco mais de duas ou três músicas depois do início do espectáculo. E é unânime. Se há algo que contribui para atestar, ainda mais, a importância da MC de Brasília no meio em que se move é a sua atitude em palco. O resto já sabemos de cor. Nós e o público.

São singles atrás de singles, bombas atrás de bombas que a plateia canta a plenos pulmões. Maioritariamente brasileira, é certo, mas com cada vez mais representantes nacionais — arrastados ou não pelos seus amigos do outro lado atlântico, pouco importa. Maze, Capicua e Pedro Geraldes foram algumas das figuras nacionais que não deixaram de marcar presença para ver aquela que é uma das artistas mais promissoras do hip hop contemporâneo brasileiro. Há quem lhe chame “trap com conteúdo” — talvez para meter ainda mais lenha na fogueira das discussões em torno do género — mas a verdade é que passeámos por vários géneros com tempo, ainda, para um “pézinho” no EDM quando, já perto do final, a MC soltou uma faixa não editada. Talvez a única que o público não tinha na ponta da língua.

Há quem diga que se podia pedir mais de Flora: não foi um espectáculo com um audiovisual genial ou um figurino rebuscado, muito pelo contrário. No entanto, todas as reacções se apoiavam num elemento central: a atitude da MC que, com o mínimo de interacção — verbal — possível, nos fez ter a certeza de três coisas: a gratidão por estar ali, a felicidade por estar ali e o conforto que era estar ali. A própria parecia confusa por se sentir tão “em casa” e isso, sem sombra de dúvida, contribuiu para criar o ambiente de peso que se viveu ontem à noite. “Máximo respeito, Lisboa. Máximo respeito!”, repetiu uma mão cheia de vezes, de cima do palco. Um dia depois, e olhando de baixo para cima, é exactamente isso que nos apraz dizer. Máximo respeito, Flora.

 


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