pub
“Motor City Madness” foi o tema escolhido por Waajeed para dar início à caminhada que o vai levar a Memoirs of Hi-Tech Jazz, o seu próximo álbum, cuja edição acontece a 25 de Novembro, pela Tresor Records.
Foi durante a queda económica de Detroit que a tensão vivida nas comunidades mais vulneráveis dentro da cidade aumentou drasticamente. A necessidade de pintar o quadro com outras cores levou a que gente como Juan Atkins ou Derrick May deitassem as mãos a sintetizadores ou sequenciadores e trabalhassem num novo conceito de música electrónica de dança. Depois dessa primeira vaga de artistas que embandeiraram o som da Motor City, entre os anos 80 e 90, o virar do milénio trouxe-nos as inevitáveis fusões com outros géneros, do jazz ao hip hop, através de uma geração de produtores que contempla nomes como os de J Dilla, Amp Fiddler, Moodymann ou, claro, Waajeed.
Em início de carreira, Robert O’Bryant começou por trabalhar com os seus amigos Slum Village, tendo construído uma reputação que, mais tarde, o levaria a contracenar com Danny Brown, Cee Lo Green, Mayer Hawthorne ou Anita Tijoux. Aliada à sua actividade enquanto criativo, Waajeed dirigia também a Bling47 Recordings,através da qual editou alguns dos seus trabalhos a solo, tendo ainda chegado a coleccionar algumas entradas no catálogo assinadas pelo eterno Dilla.
Quatro anos depois do seu último From The Dirt, o produtor e instrumentista aponta agora a um novo longa-duração, Memoirs of Hi-Tech Jazz, que será composto por 12 faixas e terá como convidados o saxofonista De’Sean Jones ou os vocalistas Black Nix e Wanika K. Stephens, este último um pastor da Igreja de John Coltrane. Nas notas que acompanharam o anúncio do disco, Memoirs of Hi-Tech Jazz é descrito como uma “banda sonora que evoca a resistência contra a hegemónica opressão de Detroit e de todos os locais negros espalhados pelo mundo.”
pub