pub
Gilles Peterson e Stuart Baker voltam a ser curadores numa nova entrada na série Cuba: Music and Revolution, cuja edição, em CD ou triplo LP, foi anunciada para o dia 29 de Outubro.
Começou por ser um livro apresentado no final de 2020 e, já no arranque deste ano, virou também uma banda sonora. Em Cuba: Music and Revolution, Gilles Peterson (afamado DJ, radialista e fundador da Brownswood Recordings, onde conduz também a banda Havana Cultura) e Stuart Baker (que em 1991 criou a Soul Jazz Records, editora que já acolheu inúmeros trabalhos gravados em Cuba e tem servido de casa para esta série) oferecem-nos o resultado de uma investigação ao choque cultural que se deu em Havana durante a revolução cubana ao longo de três décadas.
Composta por 22 faixas, esta compilação segue a mesma linha estética que pautou a primeira fornada, onde a salsa e a rumba adoptam uma postura mais “americanizada” ao se cruzarem com o jazz, o funk e a disco, dando origem às cadências que se tornaram icónicas graças a fenómenos como os Buena Vista Social Club ou Afro-Cuban All Stars. “Todos este temas vêm munidos de linhas de baixo carregadas, sintetizadores e guitarras funk envoltas em wah-wah combinados com percussões pesadas, poderosas secções de sopro e todos aqueles abrangentes ritmos latinos pelos quais a música de Cuba se tornou conhecida em todo o mundo”, avisa a label britânica.
No segundo capítulo de Cuba: Music and Revolution, a linha cronológica vai de 1973 a 1985 e tem como principais argumentos sónicos algumas pérolas assinadas por músicos e projectos que tiveram mais dificuldades em exportar a sua arte além-fronteiras — dos grandes ensembles que são os Los Van Van, os Grupo De Experimentación Sonora Del ICAIC, o Grupo Sintesis ou a Orquesta Riverside, até à cantora Farah Maria e aos compositores Ricardo Eddy Martinez e Juan Pablo Torres.
pub