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O som é “KURTIDU” e faz cruzar duas gerações distintas da música luso-cabo-verdiana, com o emergente Berlok a ficar responsável pela produção do mais recente single de Sara Tavares.
“KURTIDU” é o segundo tema lançado este ano pela cantora portuguesa de ascendência cabo-verdiana, ela que ao longo da carreira tem feito por aproximar as culturas dos dois países através da música que assina. No passado mais recente, essa fusão tem-se feito notar no acompanhar das tendências em torno da cultura beat, seja por intermédio de uma remistura de Branko, a convite de Slow J ou pelo desafio lançado a produtores como Fumaxa, Migz, Ariel ou DJ BeBeDeRa para a ajudarem nas suas canções, com “Grog d’Pilha“, “Presensa” e “Mumentu” à cabeça.
Ainda sem um novo disco anunciado desde que editou Fitxadu em 2017, as atenções dos seguidores de Sara Tavares centram-se agora todas em “KURTIDU”, faixa lançada no final da semana transacta. Apresentado com um artwork criado por Jhon Douglas, a faixa foi musicada por Ivo Costa (bateria e co-produção), Pity (baixo), João Gomes (teclas) e Ivan Gomes (guitarra), estando a sua autoria atribuída à própria Sara Tavares e a produção sido entregue a Berlok, um nome que tem estado em clara ascensão no universo das batidas.
Natural de Mindelo, na ilha de São Vicente, Cabo Verde, Berlok veio para Portugal ainda em 2011, mas só mais tarde os seus talentos foram detectados por Dino d’Santiago, que tentou redireccionar-lhe algumas das luzes da ribalta ao utilizar um instrumental seu em “Pé Ratxadu“, uma das trilhas mais sonantes do seu último BADIU. Este ano, Berlok estreou-se em nome próprio com o álbum Terra Terra em Maio antes de ser convocado para o Coreto Stage da última edição do NOS Alive, tendo pelo meio concedido uma grande entrevista a João Mineiro para o Rimas e Batidas.
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