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Citando fonte familiar, imprensa moçambicana está avançar com a notícia da morte de Azagaia, rapper daquele país que tinha apenas 38 anos.
Edson da Luz, nome civil do artista, nasceu a 6 de Maio de 1984 em Namaacha, na província de Maputo. O seu percurso no hip hop desperta aos 13 anos de idade, quando integrou o colectivo Dinastia Bantu, com quem chegou a assinar o longa-duração Siavuma, em 2005. Com o protesto a intervenção social enquanto principais munições para os seus versos, Azagaia rapidamente começou a ser visto como uma espécie de voz do povo.
Numa espiral mediática em crescendo, as suas rimas acabariam por despertar interesse também no nosso país, muito graças a Valete, que foi incansável em espalhar a mensagem do colega numa altura em que Babalaze, o seu primeiro disco a solo, chegava até a ser equacionado para um lançamento pela Horizontal, o selo independente criado pelo autor de Educação Visual e Serviço Público. Os dois cruzaram rimas em “Alternativos“, mas o álbum, repleto de críticas ao governo do moçambicano, acabaria por ser selado pela Cotonete Records.
Ao longo do seu trajecto, assinou ainda Cubaliwa (2013) e Só Dever (2019), tendo ainda protagonizado outras aproximações quer ao nosso país, quer ao Brasil. Fez parte de De Volta Ao Serviço, mixtape de proporções épicas de DJ Cruzfader, entrou no terceiro volume das FNAC Hip-Hop Series e marcou presença na Mixtape Contra-Cultura, de Valete; em 2017, rimou “No Ano Da Fome” em Coligações Expressivas 4, do brasileiro DJ Caique.
Segundo o CanalMoz, Azagaia “morreu em casa em circunstâncias ainda por esclarecer”. Em declarações à Lusa, a Ministra da Cultura de Moçambique, Eldevina Materula, disse estar “extremamente chocada”, adiantando ainda: “Sem dúvida que a música e a cultura moçambicana estão de luto. O mundo perdeu um rapper único”
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