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Cai o Lisb-On, ergue-se o Jardim Sonoro. Depois de dois anos de paragem, o festival vai voltar ao Parque Eduardo VII, em Lisboa, para três dias de festa: 2, 3 e 4 de Setembro do próximo ano.
Originalmente confirmado para a edição de 2020, Kamaal Williams vê novamente o seu nome na programação do evento. Editado no ano passado, Wu-Hen é o seu mais recente álbum, que foi alvo de crítica na coluna Notas Azuis:
“O álbum com que o patrão da Black Focus sucede a The Return, assume a ambiciosa missão de criar uma ponte entre o lado mais sofisticado do jazz de fusão e a presente cena britânica em que o jazz vive de alianças com o espírito emergente dos clubes pós-quase tudo (hip hop, broken beat, house, dubstep, grime…). Mas, muito mais do que agarrar em marcas específicas do tal jazz que se passeava pelas frequências mais comerciais das rádios nos anos 70 e 80 do século passado, a Kamaal Williams interessa-lhe a aura, o espírito que emanava desses discos. Não tanto os aspectos formais das estruturas de solos preenchidos com muitas notas e demonstrativos de proezas técnicas sobre-humanas, mas muito mais o tipo de som, as texturas, a sofisticação da mistura. E assim se percebe o acto de recrutar o multi-instrumentista Miguel Atwood-Ferguson, o homem a que se recorre quando são necessários arranjos de cordas que envolvam com sofisticada seda a música, seja ela a soul de Ray Charles, o balanço tropical de Seu Jorge e Marisa Monte, a modernidade r&b de Anderson .Paak, as batidas exploratórias de Flying Lotus ou, pois claro, o jazz mais aventureiro de gente como o colectivo Build An Ark.”
Para além do músico britânico, há ainda confirmações de Caroline Lethô & Enkō, Gonçalo Neto, Jeff Mills, Pedro Tenreiro, Rui Maia & Rai, Sam The Kid (DJ set), Silvestre (live), Stckman e Surma, entre muitos outros. De destacar ainda a inclusão no cartaz de três projectos que fazem parte do movimento JazzNãoJazzPT: YAKUZA, whosputo e Narciso.
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