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Fotografia: Glauco Canalis
Publicado a: 27/03/2019

O músico britânico regressa este sábado a Portugal para uma apresentação ao vivo no festival ID.

Kamaal Williams sobre passagem pelo ID: “Nunca sabemos até ao próprio dia como é que as nossas energias se vão ligar no palco”

Fotografia: Glauco Canalis
Publicado a: 27/03/2019

Faltam escassos dias para a actuação de Kamaal Williams no festival ID, mas, quando questionado sobre o que podemos esperar do seu espectáculo, nem o próprio artista britânico sabe responder: “O que fazemos é improvisação e nunca sabemos até ao próprio dia como é que as nossas energias se vão ligar no palco”. Mas não é algo que preocupe o músico a.k.a.Henry Wu, mostrando-se optimista face a essa incerteza: “Essa é a beleza desta música e da forma como apresentamos o nosso trabalho.”

A sonoridade de Kamaal Williams é acutilante, viva; peças musicais que saem do seu imaginário para as mãos que brincam nas teclas, melodias que têm resposta à altura  nos músicos que o acompanham na sua demanda e The Return, o seu álbum lançado no ano passado, mostrou-nos um som especificamente seu, a sua visão. Mas, mais do que isso, reflectiu a cidade de Londres destilada em batidas irrequietas, algo que o artista reconhece ser parte intrínseca da sua expressão artística: “É o som de Londres, um caldeirão da cidade com toda a sua fricção, angústia e beleza, inspirado pelos grandes de décadas passadas e da actualidade”.



Sobre o futuro, Williams é vago, mas não descarta colaborações com outros artistas, apesar de insistir na fluidez e familiaridade: “Eu trabalho com aquilo que sinto que é real; nunca é bom que seja demasiado pensado. A colaboração é melhor quando surge de um lugar orgânico, como o freestyle que filmámos com o Mez [MC do Reino Unido]”.

Em relação à sua própria música, Williams abre mais o jogo: “Vou brincar mais com a voz no futuro”. Para já não o ouvimos a cantar mas assentimos expectantes quando nos diz de forma imperial: “em breve o Wu Funk será um género [musical] próprio, não se esqueçam disso!”


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