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Publicado a: 06/05/2017

Holly: “Olho para o Low End como um cristão olha para uma igreja”

Publicado a: 06/05/2017

[TEXTO] Alexandra Oliveira Matos [VÍDEO] Luís Almeida [FOTO] João Tamura

Dez? Sim, Holly está a caminho dos Estados Unidos onde vai ficar até ao final do mês de Maio para duas mãos cheias de actuações. Aproveitámos a entrevista sobre o EP HollyLandz, sobre o qual podem ler aqui, para conversar um pouco mais com o produtor que tem corrido mundo.

China, Índia, África do Sul e agora a “terra da liberdade”. Não há jet lag, nem nome de grande espaço da música que assuste o jovem produtor das Caldas da Rainha. O beatmaker vai tocar ao Low End Theory, em Los Angeles. A Meca dos produtores, onde Holly chega a 17 de Maio. Vai também passar por Atlanta, Oakland, Portland, Bangor, Nova Iorque, Philadelphia, Austin, Washington e Reno. Qual será o próximo capítulo desta volta ao mundo?

 


E concertos em Portugal?

Holly – Por acaso… Tenho uma cena em Julho na Figueira da Foz. Tem sido um bocado estranho, tem sido mais fácil arranjar datas lá fora do que cá. Tenho essa cena na Figueira da Foz, em Julho. E agora tenho estes 10 espectáculos na América.

Landim – 10 espectáculos?!

H – Estou muito curioso porque vai ser também em sítios a que eu já queria ir só mesmo para ouvir. Por exemplo, há um spot em Los Angeles, que é o Low End Theory, que para quem faz beats é como se fosse um cristão a olhar para uma igreja, é mesmo uma cena muito mítica. Sempre pensei “deve ser mesmo fixe estar na plateia” e agora tocar lá… estou bastante curioso. Mas é um dia de cada vez. Vou fazer estes shows e depois ver o que surge mais.

Quais são as expectativas para uma primeira tour nos estados unidos?

H -Expectativas geram sempre desilusões e ilusões e desde que comecei a fazer música percebi isso de forma muito nítida e deixei de as por no quer que faça na minha vida, por isso apenas quero aproveitar cada momento nas próximas semanas como experiências únicas que posso não voltar a repetir.

Qual é a cidade em que mais queres tocar?

Cada cidade é totalmente diferente e quero tocar em todas de maneira igual muito sinceramente!

Vais ao Low End Theory em Los Angeles, como já referiste na entrevista conjunta sobre o EP HollyLandz. Algum dia achaste que fosse possível?

Quando soube que essa data tinha sido confirmada fiquei apaticamente incrédulo. Sempre quis ir lá como fã e agora ir lá a primeira vez para tocar é uma sensação que me deixa um bocado à toa e perdido em emoções. Desde que comecei a produzir olho para o Low End como um cristão olha para uma igreja. Por isso, sem dúvida é uma honra poder fazer parte da história de um sítio como o LET, assim como pisar um palco que grande parte dos músicos e artistas que sigo já pisaram. Quanto a ser possível ou não, tudo é conseguido quando trabalhamos e acreditamos em alguma coisa.

Quem te espera do outro lado?

Do outro lado espera-me toda a gente que me queira ouvir. A partir do momento em que estás a “trabalhar” legalmente noutro país tens que ter um visto adequado a tua actividade e como é óbvio para estas datas não foi exceção. Para a América tive que fazer um chamado O1 e fiz através de uma empresa de vistos americana de modo a ter tudo legal para poder tocar nestas datas.

Tens apenas 22 anos. Começaste a tocar mais a sério há 2/3 anos e tens tocado, maioritariamente no estrangeiro. Porquê? Está lá fora o teu público?

Não sei, mas acho que talvez a razão para que isso aconteça passe um bocado pelas plataformas, as editoras e os canais com que lanço a minha música terem relevância na cena internacional. E acho que o meu público está em todo lado. Está nas Caldas da Rainha, está nas Olaias, está em Nova Iorque e está em Tokyo. Hoje em dia é surpreendente os lugares físicos onde a tua música chega.

Magoa-te, de alguma forma, não seres tão ouvido e reconhecido em Portugal?

(risos) Não me magoa e é me indiferente se me reconhecem ou não sei lá. Estou-me um bocado nas tintas para isso, é mesmo algo a que não presto muita atenção…

Das tours que já fizeste, onde é que foste mais bem recebido? Qual foi a reacção mais engraçada e mais desagradável que já tiveste?

Tenho sido sempre bem recebido em todas as tours e datas internacionais que tenho feito, seria injusto salientar apenas uma! Quanto a reacções… A reacção mais fixe de todas infelizmente não posso dizer por aqui (risos). Mas uma das mais fixes foi na Austrália em Perth, onde havia uns fãs meus que apareceram com t-shirts feitas por eles a dizer Holly. Na Índia houve um rapaz que me deu o chapéu dele no fim do gig porque disse que o meu set tinha sido “de se tirar o chapéu”. E em Pretoria, África do Sul, estava à toa no spot onde toquei e conheci uma rapariga das Caldas da Rainha, a minha cidade-natal. Quanto a desagradáveis acho que ainda não tive nenhuma!

Continuas sem manager?

Sim!

 


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