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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 26/02/2019

O rapper da Contentor Records estreou-se nos projectos originais.

Erre K: “Identidade é muito mais do que uma afirmação da minha, é um despertar para a ‘tua'”

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 26/02/2019

Erre K estreou-se nos projectos originais durante a semana passada. Identidade tem o carimbo da Contentor Records e conta com Gijoe, spock, Buda XL, DK, Mr. Papz, Ricardo Pereira e Elena Prudêncio entre os colaboradores.

Identidade começou a ser desvendado ainda no ano passado: em Abril, o videoclipe para “Tu Diz-me” aterrou no canal de YouTube da Contentor Records. Erre K editou a mixtapeTransparente em 2017 e estava ainda a estudar a melhor forma para se estrear num EP de originais, com recurso à preciosa ajuda dos músicos que integram os quadros da equipa Contentor.

Está encontrado o primeiro lançamento do ano para a editora sediada nos Nirvana Studios, que tem também em mãos os novos projectos de Buda XL e SXR.

Trocámos algumas palavras com Erre K, que nos explicou o conceito do seu novo projecto e falou também sobre “Cara A Cara”, single lançado no formato de vídeo a acompanhar a edição de Identidade.



Este é o teu primeiro trabalho de originais a solo, estou certo? Que afirmação é esta que pretendes frisar com a tua Identidade?

Sim, estás correto. Desde que estou com a Contentor Records que tinha todas as condições para o fazer mais cedo, mas optei por abraçar outros projectos. Identidade é muito mais do que uma afirmação da minha, é um despertar para a “tua”. Uma mensagem dividida em vários temas, com diferentes abordagens e que apontam na mesma direcção — crise ou falta de identidade.

Qual foi o guião que esteve sempre presente na tua cabeça durante a concepção deste disco, que te levou a optar não só por este registo de instrumentais mas também pelas temáticas que aqui abordas nas tuas letras?

O único guião em mente foi mesmo a minha identidade. Este é o registo de instrumentais com que me identifico e a sonoridade que procuro. Os temas foram pensados para descrever momentos e estados de espírito em que a identidade facilmente se perde.

Em que fase do teu trajecto se começaram a formar as primeiras marcas desta Identidade? É um projecto que anda a ser trabalhado há algum tempo?

Este projecto teve início uns meses depois da mixtape Transparente. Começa a ganhar asas numa altura em que tive que me ausentar para me inspirar. “Estou de volta à actividade, renasço na criatividade”. Foi-se desenhando lentamente e entre o escrever e o estar nas ruas demorou algum tempo, mas faz parte do processo de criação.

Contaste com o spock, Buda XL e DK na produção, nomes que te são bastante próximos. Estiveste presente também na fase de criação de cada um destes instrumentais? De que forma é que tudo isto passou do papel para o áudio?

Não tenho por hábito estar na criação dos instrumentais, da mesma forma que um produtor não está presente na criação da letra. Os instrumentais surgem e acabam por se encaixar por si. Tal como disseste, são pessoas muito próximas e é fácil para eles saberem quando têm algo para mim. Quando passa do papel para o áudio é diferente, gosto de estar em sintonia com quem cria comigo e nunca gravo nada sem estudar umas demos em equipa. Depois é muito fácil concluir quando tens em estúdio alguém como o Mr. Papz.

Deste um destaque especial ao “Cara A Cara”, editado com videoclipe enquanto terceiro single do teu projecto. Que sentimento é este que exploras na faixa?

Esta faixa é uma mistura de sentimentos, em que o amor e o ódio andam de mãos dadas. “Eu odeio-te mas eu amo-te”, uma metáfora com a qual muitos rappers se podem identificar. Um sentimento de revolta e uma paixão que não me permite virar costas ao que amo. Uma faixa especial para mim, sem dúvida, pelo sentimento que o instrumental e a lírica juntos conseguiram alcançar. Muito sinceramente, acho que conseguimos o resultado perfeito com esta faixa.


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