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[TEXTO] Alexandra Oliveira Matos [FOTOS] PLUMA.pt
Hoje estamos mais ensonados e doridos do que o normal. Afinal, ninguém disse que seria fácil levar porrada musical a uma quinta-feira à noite e acordar fresco que nem uma alface à sexta-feira para trabalhar. A Enchufada estreou ontem, dia 15 de Fevereiro, as noites Na Surra no B.Leza, em Lisboa, e nós tínhamos de ir comprovar as “garras afiadas” do grupo liderado por Branko.
Às 22 horas, PEDRO já dava som a uma pista ainda bastante vazia. Porém, não tardou a que o inverno ficasse à porta. Despiram-se os casacos e as lãs, gritou-se bem-vindo a um inesperado verão em Fevereiro tais eram os ritmos vindos da mesa do DJ e a decoração alusiva a uma flora mais tropical. Não tardou muito e, acreditem, havia gente em soutien. Progressivu seguiu-se, levando o seu bicho-carpinteiro ao palco e os seus movimentos de dança. A pista já estava cheia quando Rastronaut trouxe uma versão mais clubbing e menos africana ao espaço no Cais do Sodré. Só bem perto da uma da manhã é que vimos Branko e os fãs manifestarem-se. Não havia espaço para estar parado, nem a música permitia. Que o diga quem estava na frontline e não parava de saltar. “Vem piriquita, vem, vem piriquita” desengatou o rebolar brasileiro, mas foi “Reserva Pra Dois” que deu “certeza sem fim” de que o público estava ali de pés e cabeça.
As caras da Enchufada foram rodando novamente, tendo sido de João Barbosa a parte central da noite. Uma festa que, sem dúvida, vem provar que o terreno já está ganho pela editora — notória a adoração cada vez maior que Lisboa tem aos ritmos de todo o mundo — ou não estivessem ali quase 400 pessoas de todas as idades, cores e feitios. Não marcaram presença? Decorem a data: 22 de Março.
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