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Apesar do Sol que se faz sentir lá fora, há uma chuva de singles nacionais a decorrer em simultâneo nas plataformas de streaming. São 14 as músicas que acusaram no radar do Rimas e Batidas, motivo suficientemente forte para improvisarmos uma playlist fulminante que vai do hip hop e do indie rock à pop alternativa ou às cadências de Cabo Verde. Embarquem connosco nesta viagem!
[Instinto 26] “Free”
“Vivi Good” é poder juntar os rapazes num iate e brindar ao sucesso em pleno mar sob céu limpo. 6 anos após a chegada dos Instinto 26 ao mercado, os seus membros Julinho KSD, Trista, Kibow e Yuran têm vindo a apalpar terreno em nome próprio, mas voltam frequentemente à casa de partida sempre que os astros se alinham. Depois de “Ayan” ter ajudado a fazer subir as temperaturas no Verão passado, “Free” vem deixar claro que o grupo está coeso e a remar para o mesmo lado. Se em 2021 Julinho nos revelava numa entrevista que o sonho dos Instinto 26 era o de se estrearem num EP ou LP em conjunto, talvez 2024 seja a altura ideal para tal acontecer, já com o devido amadurecimento de cada uma das suas peças. Estaremos cá para testemunhar.
[Nancy Vieira] “Sol Di Nha Vida”
Não só já tinha prometido um novo disco, como também anunciou o seu concerto de apresentação. Gente será o trabalho editado por Nancy Vieira no dia 15 de Março e, uma semana antes, dia 8, faz-se escutar ao vivo no Teatro São Luiz. Hoje foi-nos dado a conhecer o primeiro pedaço desse projecto, “Sol Di Nha Vida”, um híbrido de funaná e semba inspirado em Kaka Barbosa. O sucessor de Manhã Florida foi esculpido com a ajuda de Amélia Muge e José Martins e será certamente um dos lançamentos a ter em conta para este ano de 2024.
[Dillaz] “Hello”
Se Dillaz diz “Hello”, o melhor é atentar, até porque todas as novidades por parte do rapper da Madorna são bem-vindas numa altura em que este se prepara para tomar de assalto os Coliseus (1 de Março é em Lisboa, 15 de Março sobe ao Porto). “Eu ando ensonado e sem pressa no meio de estúdios e camarins” é a garantia de que Dillaz não está de férias e o sucessor de Oitavo Céu poderá muito bem já estar a ser executado em segredo.
[Hélio Morais] “Sonhei Coisa Proibida”
Hélio Morais é um veterano cujo talento se tem feto sobressair em grupos como PAUS e Linda Martini. Em 2024, o músico aposta numa carreira a solo e tem em “Sonhei Coisa Proibida” o seu primeiro single, onde se senta ao piano e se faz acompanhar de Toca Organ (de Nação Zumbi), LUMANZIN, Filho da Mãe, Miguel Ferrador e Djalma Rodrigues. Pisaduras é o título de um vindouro primeiro LP, um conjunto de canções íntimas para as quais contribuem ainda nomes como Guilherme Kastrup, LARIE, Edgar Valente ou Rita Onofre. O álbum será lançado no dia 23 de Fevereiro, enquanto que o concerto de apresentação acontece no Centro Cultural de Belém a 9 de Março.
[Filipe Karlsson] “Comprimisso”
“Arrumamos o passado e deixamos essas merdas de lado” é uma das várias declarações de intenções proferidas por Filipe Karlsson no seu novo tema. “Comprimisso” foi criado com a ajuda de Velhote do Carmo na produção e abre as contas do artista luso-sueco relativamente a 2024, depois de um ano em que coleccionou apenas um par de singles e continuou a colher louros do seu EP Mãos Atadas (2022), tendo sido um dos artistas em destaque na última edição do Super Bock em Stock, conforme reportado por cá.
[CELSO] “DOPAMINADO”
Com laivos de drum & bass no arranque, “DOPAMINADO” rapidamente vira mais um hino de rock frenético e facilmente se posiciona enquanto a faixa mais vertiginosa no catálogo dos CELSO. A banda lisboeta estreou-se em 2021 com o longa-duração Não Se Brinca Com Coisas Sérias e, no ano passado, juntou-se à Mar Records para a edição de um par de novos temas. Segundo nota a missiva enviada pelo grupo ao ReB, “DOPAMINADO” é “o que acontece quando a geração nascida e criada com a Internet finalmente matura.”
[Phoenix RDC] “Terapia”
Se é a música quem o ajuda, então é justo dizer que cada nova faixa de Phoenix RDC é uma “Terapia”. E se o tratamento culminar em álbum, o rapper de Vialonga não se cura apenas a si mesmo, mas também aqueles que o têm seguido com maior atenção. Depois de contracenar com Regula em “Quando Me Chamam”, Phoenix assume um tom mais meditativo naquele que é o segundo single do sucessor de Cool Kid (2022). Em Novembro do ano passado, o artista falou com o ReB sobre as novidades que anda a preparar.
[Mishlawi] “Prada Glasses”
Não é só uma questão de luxo. Óculos da Prada são o adereço escolhido por Mishlawi para esconder o sofrimento que os seus olhos revelam e inspiraram-no na criação de uma nova canção. “Prada Glasses” sucede a “Single Sounds Better” e conta com Davwav e Skywalk na produção. Mais uma fusão de rap e r&b com toque de seda escura levada a cabo pelo artista luso-americano ex-Bridgetown.
[Alex Deserto] “Espanha”
Aos 31 anos, Alex Deserto estreia-se a solo com um tema que pega na tradição do fado e do flamenco, embrulha-a em motivos pop e aponta ao futuro da música ibérica. É Portugal e “Espanha” de mãos dadas numa música de fusão que recupera as sonoridades de vários instrumentos ancestrais como a guitarra portuguesa, a braguinha, a viola braguesa ou o ronroco.
[Zara G & Progvid] “Sem Adversários”
Há muito que está numa lane só sua. Zara G quase não tem tido concorrência para o seu estilo de rap e, sabemos agora, está também “Sem Adversários”. O rapper dos Wet Bed Gang flexa as suas barras numa nova colaboração com Progvid, eles que se tinham juntado em Novembro passado para “Pronto” e apontam agora a um disco a quatro mãos, MODO SUPERSTAR, cuja edição está a ser apontada para breve. Mas há mais: já este domingo, Zara G volta a mostrar-se a solo num ambicioso manifesto de “100 Barras”.
[Pedro da Linha, The Legendary Tigerman & Lucy Val] “Aqui se faz, aqui se paga”
Tem-se celebrado a portugalidade com muita música de bailarico, mas ainda ninguém se tinha lembrado de fazer música de tasca. Hoje foi o dia disso acontecer, com Pedro da Linha a soltar uma das malhas que tem andado a cozinhar e na qual se faz juntar por dois artistas de quem admite ser muito fã. Através de um post via Instagram, o produtor enalteceu o facto de ter conseguido colocar em “Aqui se faz, aqui se paga” o “veneno e calor” da guitarra de The Legendary Tigerman e a voz romântica do seu “menino de ouro” Lucy Val.
[Monday] “Intentions”
Depois do EP Room For All em 2020, Monday está agora a caminho de um novo disco. O regresso ao formato de longa-duração de Cat Falcão, que é metade dos Golden Slumbers, acontece no dia 3 de Maio através da Lay Down Recordings. “Intentions” é o segundo avanço de Underwater, feels like eternity e foi produzido pela própria, com alguns ajustes adicionais dados por Ricardo Nagy (aka Vaarwell). A canção vem descrita como sendo de traços folk e pop, de cariz cinematográfico e “infundida com melodias que parecem vir de uma banda sonora de James Bond.”
[Mimicat] “Peito”
É tudo menos vulgar a história de Mimicat com o público. Maria Mena já anda a lançar discos há uma década e a sua carreira ganhou um novo fulgor no ano passado, quando se sagrou vencedora do Festival da Canção com o tema “Ai Coração”. No seu novo “Peito”, abraça o formato de balada pop electrónica de cariz fúnebre enquanto percorre memórias de um romance findado.
[Benjamim] “Atrás da Barricada”
Após o instrumental de “As Berlengas (Parte 1)”, Benjamim regressa às faixas com voz neste “Atrás da Barricada”, que serve de segundo avanço rumo a As Berlengas, cuja edição se dará no dia 5 de Abril via Discos Submarinos. O psicadelismo gira em torno do próximo projecto do multi-instrumentista, que cruza música, cinema e dança numa só obra de alto teor conceptual.
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