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Texto: ReB Team
Fotografia: Batiste Safont
Publicado a: 02/02/2023

Obra-prima certificada.

To Pimp A Butterfly torna-se o álbum mais bem cotado de sempre da Rate Your Music

Texto: ReB Team
Fotografia: Batiste Safont
Publicado a: 02/02/2023

Kendrick Lamar acaba de destronar os Radiohead na lista dos melhores álbuns de todos os tempos do Rate Your Music. O terceiro longa-duração do rapper de Compton, To Pimp A Butterfly, ultrapassou OK Computer, da banda britânica, no topo do ranking.

A conquista da primeira posição pela obra-prima de K-Dot foi revelada no passado dia 31 de Janeiro pela própria plataforma, que assinala este feito dando conta do tempo que demorou até haver uma sucessão no lugar cimeiro da tabela. “Esta é a primeira vez em quase uma década que o Rate Your Music tem um novo álbum número um”, pode ler-se numa publicação feita na conta de Twitter do website.

As pontuações que definem a hierarquia dos discos visados são feitas a partir da votação do público naquela que é uma das maiores plataformas dedicadas à música. À data, To Pimp A Butterfly conta com 58.322 classificações a perfazerem uma média de 4,34 (numa escala de 0 a 5). Já OK Computer, o novo segundo melhor álbum de sempre para os membros da comunidade, está avaliado em 4,26 depois de 84.518 classificações.

Entre os 25 melhores álbuns que figuram nesta lista encontramos ainda, dentro do espectro do hip hop, trabalhos como Enter the Wu-Tang (36 Chambers), dos Wu-Tang Clan, em 23.º lugar; Illmatic, de Nas, em 18.º; good kid, m.A.A.d city, também de Kendrick Lamar, em 11.º; e Madvillainy, que juntou Madlib a MF DOOM — na dupla Madvillain —, estabelecido na 6.ª posição.

Numa também reconhecida lista de “melhores álbuns de sempre” — “The 500 Greatest Albums of All Time” —, delineada pela Rolling Stone, o vencedor de Melhor Álbum de Rap na 58.ª edição dos prémios GRAMMY só aparece na 19.ª posição, enquanto o projecto antecessor na discografia do artista vencedor de um prémio Pulitzer ocupa um modesto 115.º lugar.

De “Bompton” à biblioteca de Harvard, o impacto de To Pimp A Butterfly não perde relevância com o passar do tempo — bem pelo contrário. Sobre essa influência de um dos mais importantes álbuns do século XXI, escreveu-se por aqui:

“O impacto deste álbum é tão profundo que quase ultrapassa a necessidade de existir uma relação racial, social ou geográfica com quem o criou. Porém, não deixa de ser importantíssimo perceber a condição, a cultura, a expressão  e a manifestação de factores que apesar de nem todos os vivermos ou entendermos são subjacentes à importância universal dos assuntos neste álbum falados. Vemos o poder que movimentos reivindicativos têm quando os aliados têm um papel activo na causa através de apoios e de conseguirem utilizar os seus privilégios em favor de quem não os tem. Então, é essencial para todos ouvirmos um disco com uma expressão identitária e política tão clara que é impossível não empatizar e entender mais claramente as realidades existentes e as diferentes formas como a opressão se manifesta. Obras como estas abrem portas para a empatia necessária para que a solidariedade e o apoio mútuo substituam finalmente o capital como o verdadeiro motor da nossa sociedade. Nessa linha de pensamento, To Pimp A Butterfly foi (e continuará a ser) marcante para esta geração (e esperamos que para as próximas) e um dos ‘instrumentos’ que a podem mover para projectar um futuro melhor.”


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