[FOTO] Kevin Winter / Getty Images
Histórico: Kendrick Lamar é o primeiro artista não oriundo dos circulos da música clássica ou do jazz a vencer o Prémio Pulitzer, na categoria de música, com DAMN., o seu mais recente álbum, que foi editado no dia 14 de Abril de 2017. O MC também é o primeiro nome declaradamente “pop” a arrecadar o prestigiado galardão que foi atribuído pela primeira vez em 1943.
Congratulations to @kendricklamar, @dangerookipawaa and @Interscope! #Pulitzer pic.twitter.com/fFQBYnoW9F
— The Pulitzer Prizes (@PulitzerPrizes) 16 de abril de 2018
O sucessor de To Pimp a Butterfly é descrito da seguinte forma no site dos notórios prémios: “Uma virtuosa colecção de canções unida pelo seu vernáculo autêntico e dinamismo rítmico que oferece retratos tocantes que captam a complexidade da vida moderna de um afro-americano”.
Na crítica publicada no Rimas e Batidas, Francisco Noronha escrevia: “DAMN. abre com coros magníficos (tecnicamente, é apenas a voz de Bekon, mas o efeito que imprime à música é idêntico), os quais perpassarão um pouco todo o álbum, como se essa coralidade reflectisse a enorme base de admiração e carinho que Lamar granjeia actualmente: como se não fosse apenas a América do Black Lives Matter a abraçar o californiano (embora essa América sejamos todos nós, ou, pelo menos, todos aqueles que comungam os valores da tolerância, do amor e da fraternidade), mas todos os ouvintes espalhados pelo mundo, tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais nos desejos e medos que percorrem DAMN..”
Em Janeiro deste ano, o artista norte-americano venceu cinco GRAMMYs, justa marca para um dos discos mais celebrados da sua carreira, ancorado em singles como “HUMBLE.”, “LOVE.”, “ELEMENT.“, “DNA.” e “LOYALTY.”. E não ficou por aí: K. Dot “ajudou” Black Panther a atingir números astronómicos, supervisionando e contribuindo para a banda sonora do filme.
Em estúdio ou no palco, Kendrick Lamar assume-se cada vez mais como a grande voz desta geração, reflectindo a relevância que o hip hop conquistou nos últimos anos. Conquistar um Pulitzer é mais um sinal da sua inequívoca relevância cultural na América de Trump.