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Olhares sobre o Racismo é a nova produção da SOS Racismo em colaboração com a Bantumen. Lançado no passado sábado, dia 20 de Fevereiro, o documentário é realizado por Bruno Moraes Cabral, Eddie Pipocas e Dércio Tomás Ferreira.
Com a pandemia a adiar e a cancelar vários planos para 2020, as iniciativas para as comemorações dos 30 anos da associação (fundada em 1990 por José Falcão) estendem-se até 2021. A mais recente é esta peça audiovisual que conta com depoimentos de activistas como Mamadou Ba ou Chullage. Este último foi um dos artistas que se juntou ao Rimas e Batidas e ao Raptilário para Labanta Braço, compilação que conseguiu angariar 1000 euros para a SOS Racismo.
Antes de ir para o ar no YouTube, houve um webinar para apresentar este documentário que “condensa os contributos de várias figuras da mobilização social e política para esta causa e reflete a interseccionalidade, a diversidade e a transversalidade das várias frentes do combate contra o racismo no nosso país”.
Em conversa com Carolina Franco para o Gerador, o dirigente do SOS Racismo disse, entre outras coisas, que “o documentário vem dizer o que precisa de ser dito. Doa a quem doer. Porque não há mudança sem incómodo. Nós viemos para ficar e viemos para incomodar até que tudo mude, esse é o nosso propósito, gostem ou não gostem”. E acrescentou ainda: “Se Portugal quer consolidar a sua democracia, sabe o que tem de fazer. Porque há uma coisa que é óbvia: as pessoas não vão ficar à espera até não mais poderem respirar. O racismo é um sufoco permanente na vida das pessoas.”
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