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Simeon Coxe morreu na passada terça-feira, dia 8 de Setembro, aos 82 anos, em Fairhope, Alabama, nos Estados Unidos da América, vítima de fibrose pulmonar.
Nasceu em Knoxville, Tennessee, mas foi em Nova Iorque que se estabeleceu enquanto figura central no circuito musical underground da Grande Maçã graças ao trabalho seminal criado nos Silver Apples, onde fez dupla com o baterista Dan Taylor e, mais tarde, Xian Hawkins.
No final da década de 60, o músico integrava o projecto de rock The Overland Stage Electric Band e foi abandonado por todos os seus companheiros, à excepção de Dan Taylor, quando tentou introduzir um oscilador no som do grupo. Das experiências, o arsenal de máquinas conduzidas por Coxe foi aumentando progressivamente — “muitas das vezes graças a engenhos descartados da II Guerra Mundial”, revelou ao The Guardian no ano passado — e tornou-se numa das maiores fontes de inovação musical em plena era dos sintetizadores, deixando também um forte contributo para a dinamização da cena electrónica, que então estava a dar os primeiros passos dentro dos domínios da pop.
A banda durou apenas três anos e deu à luz Silver Apples (1968) e Contact (1969), tendo um processo judicial por parte da companhia aérea Pan Am, a somar ao fraco desempenho a nível comercial, deixado os Silver Apples nas ruas da amargura. O grupo ficou para sempre lembrado enquanto peça de culto entre a cena musical undergound de Nova Iorque e, em 1996, regressaria ao activo com uma nova formação, composta por Simeon Coxe e Xian Hawkins, que geraria mais dois discos, Beacon e Decatur, ambos de 1998. Nesse mesmo ano, o terceiro e “perdido” álbum oriundo da parceria com Dan Taylor, The Garden, também viu a luz do dia.
Após a separação com Hawkins, a morte de Dan Taylor e a recuperação de um acidente de carro que o deixou com o pescoço partido, Simeon regressaria aos palcos em 2005 para representar os Silver Apples a solo — passou por Lisboa numa das suas digressões.
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