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Nas regras do pool, ganha quem conseguir meter oito bolas nos buracos antes do adversário. Sem mesa nem tacos, na redacção do Rimas e Batidas vence quem consegue colocar, numa enfiada só, oito discos em destaque numa peça, como acontece esta sexta-feira, dia recheadíssimo de novos lançamentos.
Além daqueles sobre os quais nos debruçamos com algumas palavras, podem ainda ter em conta as propostas de Beatriz Pessoa (PRAZER PRAZER), Zé Simples (Feeling Horizonte Aberto), MARO (hortelã), Carminho (Portuguesa), The Weeknd (After Hours (Live At SoFi Stadium)), Adi Oasis (Lotus Glow), Jen Cloher (I Am the River, The River is Me), Chiiild (Better Luck In The Next Life), Spektral Quartet & Julia Holter (Behind the Wallpaper), Kate NV (WOW), Radio Supernova (Paratiisi), Xiu Xiu (Ignore Grief), Gnoomes (Ax Ox) e Chunky (Somebody’s Child).
[slowthai] UGLY
U Gotta Love Yourself é a mensagem encriptada pelo acrónimo que dá nome ao novo álbum de slowthai: o sucessor de TYRON leva o artista britânico assumidamente para fora do rap, ele que desde sempre revelou propensão para um registo punk. E, curiosamente, é nesse registo que, não deixando de canalizar todo o turbilhão de sentimentos que a sua música carrega, se aproxima de si próprio. Mais do que nunca.
[RIOT] O Toque
RIOT já cá anda há uns 20 anos e o seu trajecto tem sido tudo menos brando no que toca à agitação cultural que ajudou a protagonizar em Portugal. Integrou grupos como os Cool Train Crew ou os Fusionlab e viu o seu nome ficar gigante à boleia do fenómeno mundial que foram os saudosos Buraka Som Sistema. A solo, este “Pai Grande” coleccionou lançamentos quer pela Enchufada (de Branko e Kalaf) e pela Metalheadz (do lendário Goldie), tendo também deixado marcas na Skalator Music e na Counterpoint. Hoje não só junta mais um selo ao seu catálogo como ainda o inaugura: O Toque é o primeiro disco de sempre editado pela MAR Records, a nova casa de artistas como Pedro da Linha ou Lucy Val.
[Dreamville] Creed III: The Soundtrack
No dia em que Creed III chega às salas de cinema norte-americanas (apesar de, por cá, essa estreia ter acontecido um dia antes) é, simultaneamente, revelada a sua banda sonora. E quem melhor do que a robusta e competitiva equipa da Dreamville para a compor? Se o terceiro capítulo do spin off de Rocky faz jus à saga protagonizada por Sylvester Stallone, isso já é outra história. Mas, pelo menos pela banda sonora, já vale a rodagem.
[Kali Uchis] Red Moon in Venus
Abençoado dia da semana — seja ele qual for — em que Kali Uchis desvenda um novo trabalho. Para quem morre de amores pela voz da cantora de ascendência colombiana, Red Moon in Venus promete, invariavelmente, desalinhar frequências cardíacas. Desta vez debruçada sobre um r&b mais despido, atalha caminho peito adentro, em direcção ao coração — e a acertar em cheio.
[Tagua Tagua] Tanto
A Internet ajudou a estreitar as ligações entre Portugal e Brasil quando, no arranque deste ano, dávamos por cá a estreia de “Colors”, o segundo single com que Felipe Puperi antecipou o seu novo álbum. Tanto sucede hoje a Inteiro Metade nas contas do seu projecto Tagua Tagua e abre uma janela pela qual nos entram raios de soul, r&b e até rock em tons de um psicadelismo tropical e exuberante. Depois dos vários concertos que deu em Portugal ao longo dos últimos anos, o artista brasileiro aponta para uma nova vaga de espectáculos em território luso a acontecer ainda este ano, aproveitando a promoção deste refrescante longa-duração.
[Yazmin Lacey] Voice Notes
Se há umas semanas nos deslumbrámos com a capa de Raven neste mesmo espaço, agora é a de Voice Notes — fotografada pelo português Diogo Lopes — que, num espectro equivalente, nos encanta à primeira vista. E o novo trabalho da britânica Yazmin Lacey propriamente dito também não é para menos. Não é tão sombrio (sonora e visualmente) quanto o enredo de Kelela, mas carrega semelhante profundidade nas histórias que, delicadamente, conta. Sobretudo cantadas por uma voz de ouvir e chorar por mais…
[Masego] MASEGO
Masego não seria Masego se não fizesse valer a sua versatilidade a cada projecto novo. E é assim que o multi-facetado artista se apresenta agora: MASEGO, o mais recente longa-duração do músico jamaicano-americano, chega-nos como cartão-de-visita de alguém que transborda talento. Cheio de recursos, cheio de registos, cheio de influências e cheio de groove. Um só nome para encher todas as medidas.
[deem spencer] adultSW!M
Depois da primeira ligação sugestiva de adulSW!M ao canal televisivo, é o álbum de estreia de redveil que vem à cabeça perante o novo disco de deem spencer. Em termos estéticos, e até no próprio nome, adultSW!M e learn 2 swim bem podiam ser projectos paralelos. E, em boa verdade, não andam por águas assim tão distantes um do outro. Aliás, basta ver com quem cada um deles trabalha para se fazer essa ponte…
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