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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 24/02/2023

Uma carga de trabalhos.

Sexta-feira farta: novos trabalhos de Gorillaz, Logic, Mirror People, Christian McBride e Algiers

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 24/02/2023

Rap, jazz, electrónica e as mais diversas variações, tudo junto e misturado. Há sextas-feiras em que, só com uma mão cheia, não nos podemos queixar de falta de fartura. Responsabilidade da larga paleta dos Gorillaz, do catálogo inesgotável de Logic, da reinvenção de Mirror People, do ímpeto nos New Jawn de Christian McBride e da voracidade dos Algiers.

Está dado o sumário de uma jornada intensiva, que ainda se pode estender, se quiserem, a discos de Russ Millions (One Of A Kind), $uicideboy$ & Shakewell (SHAMELESS $UICIDE), Gracie Abrams (Good Riddance), Buster Williams (Unalome), BabyTron (Out On Bond), Channel Tres (Real Cultural Shit), daine (shapeless), Don Toliver (Love Sick), KAROL G (MAÑANA SERÁ BONITO), Key Glock (Glockoma 2), moon tang (WATER COMES OUT OF MY EYES) ou Yeat (Aftërlyfe)


[Gorillaz] Cracker Island

Numa semana em que os “gorilas” estiveram em particular destaque (a começar pelos “Gorillaz” de cá, a editar Gorilleyez), os originais regressaram, também eles, aos discos com Cracker Island. O sucessor de Song Machine, Season One: Strange Timez volta a recrutar algumas vozes inconfundíveis, desde Stevie Nicks a Bad Bunny, num trabalho que já havia sendo desvendado a pouco e pouco nos últimos meses. O resto da viagem vai pelo mesmo caminho: muita cor e ainda mais fantasia.


[Logic] College Park

Desde que Logic anunciou a sua retirada da música, em 2020, aquando da edição de No Pressure, o rapper de Maryland já vai no seu quarto longa-duração em nome próprio. Cedo se percebeu que essa reforma haveria de ser de pouca dura, mas a pausa — ainda que breve — parece ter feito bem a Bobby Tarantino. Exemplo disso foi o seu surpreendentemente assertivo Vinyl Days (2022), sucedido agora pelo igualmente sólido College Park. Parece que o MC e produtor encontrou, finalmente, o equilíbrio ideal entre as homenagens aos grandes (que não passam despercebidas na sua música) e o seu cunho próprio.


[Mirror People] Shut Up EP

O coração pode estar despedaçado por esta altura, mas a pulsação de Mirror People — alter-ego de Rui Maia — continua a pulsar sem arritmias. Por comparação ao antecessor Heartbeats Etc. (2020), talvez até com mais vigor, para lá dos temas “Shut Up” e “Do The Boogie” presentes já nesse disco. Neste Shut Up EP, recuam a voz e palavra de Rö (Maria do Rosário) do primeiro plano, e entram as mãos de Oito//Oito para as remisturas que acompanham o único tema verdadeiramente inédito do EP, “Sea of Possibilities”.


[Christian McBride’s New Jawn] Prime

Alto e pára o baile. Continência ao frenético jazz de Christian McBride e companhia: os diferentes tempos de Prime não permitem, mesmo quando abrandam, descanso na formatura. Saxofones ao alto, contra-baixos em riste, e toca a tocar. Que esta muito boa gente de Filadélfia, Estados Unidos da América, não está para brincadeiras — só para desgarradas.


[Algiers] Shook

A amostra revelada sob a deixa de “73%” foi suficiente tanto para perceber que ainda estaria mais por vir quanto para ter uma ideia do sabor do restante bolo. Ainda assim, o sentimento de surpresa não desvanece na altura de ir de encontro a Shook, disco onde o choque de artistas, ritmos e sonoridades pode bem provocar desorientação aos ouvidos mais quadrados. Nada que a Matador Records não nos tenha habituado: música com nervo e sinapse. 

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