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Novamente em lugar de culto, Igreja St. George (Lisboa, 25 de Novembro, com organização da Galeria Zé dos Bois, aguardam-nos dois concertos imersivos de William Basinski (com sessões às 21h00 e 23h00). Nunca na acepção e banalização que o termo assumiu, antes como convite à interiorização do mais justo que cada um tem.
Presença regular por estas paragens, este ano actuou no Waking Life, e protagoniza agora um regresso celebrado. Jamais esquecer o concerto dos Jardins Efémeros (2017). Nunca somente uma simples recordação, mas constante do que se costuma categorizar como concerto de vida. A Sé Catedral, o lugar e o seu carácter cerimonial. Viseu, uma cidade socialmente conservadora e politicamente retrógrada. O gesto simples. Uma homenagem. Um requiem luminoso a David Bowie (A Shadow in Time) e a celebração, com copo de vinho tinto ao alto. A terminar, “Parabéns a Você” entoado por todos.
O drone infinito. A desagregação do som. Muito mais do que isso. Um concerto de Basinski é a aproximação nossa à mais ínfima partícula. É celebração existencial. Registo meditativo e interiorizado. A elevação ao sublime da condição humana.
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