Na passada sexta-feira, Raekwon, icónico MC dos Wu-Tang Clan, lançou um pequeno EP a solo intitulado The Appetition. O projecto foi gravado nos Red Bull Music Studios, em Nova Iorque, com uma equipa da Red Bull Songs.
Corey Woods, um dos chefs mais reconhecidos da grande cozinha que é o universo hip hop, não lança um longa-duração desde The Wild (2017), mas o seu nome continua a aparecer nos créditos de discos dos mais diferentes artistas — tanto podem encontrá-lo em WWCD da Griselda como em Bebey de Theophilus London.
Voltando ao “aperitivo”, nada como recorrer às palavras do próprio rapper nova-iorquino, que aceitou responder a três perguntas do Rimas e Batidas por e-mail, para perceber o que estava na sua cabeça quando projectou este trabalho:
“Eu vou sempre prestar atenção ao clima que se vive no mundo da música. Ainda assim, eu continuo a vibrar com a mente aberta. Os meus fãs mantêm-me motivado. Eu abordo a coisa com a mentalidade do restaurante gourmet. As pessoas gostam de comida saborosa.”
Sobre o tipo de ambiente que gosta quando chega a hora de criar, a resposta é peremptória:
“A atmosfera e o beat são tudo para um artista. E é tudo sobre aquilo que ficou registado! É por isso que adoro escrever no local. Ajuda-me realmente fazê-lo dessa maneira.”
E, depois de tantos anos a ouvir instrumentais (e a trucidá-los, muitas das vezes), o que é que Raekwon procura, afinal, quando vai à procura da base certa para as suas rimas?
“Para mim, os beats são como pessoas! Se a tua energia faz sentido, eu respondo! Se não, não pares, mantém-te em movimento!”