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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 14/12/2018

ProfJam sobre “Tou Bem”: “Queríamos uma cena fresh, crua e catchy

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 14/12/2018

ProfJam acaba de lançar um novo single com produção de Lhast, que também canta o refrão. “Tou Bem” também tem contribuições de Bernardo Cruz e Bernardo D’Adario e mistura de benji price. O vídeo foi gravado por Sean Matsuyama e editado por Bernardo “Tenro” Infante.

Este é o segundo avanço de #FFFFFF, o título do novo disco de Mário Cotrim, sucedendo a “Água de Coco”. Totalmente produzido por Rafael Alves, o projecto deverá sair no primeiro trimestre de 2019. E será apresentado no Hard Club, no Porto, no dia 15 de Março e no Capitólio, em Lisboa, no dia 5 de Abril.

Falámos com ProfJam sobre a nova canção, a estadia em Los Angeles e os seus objectivos.



Fala-me sobre a construção desta faixa em particular: como é que o Lhast acabou a cantar o refrão? Já tinhas a ideia para o tema antes de viajares para os Estados Unidos ou a coisa saiu no momento? Parece algo retirado de um estado de espírito muito específico e imediato…

E foi. Foi algo que nos surgiu lá e corremos com a cena. O Lhast mostrou-me a ideia do beat com aquele drop e a ideia para o hook, eu senti logo e fiz questão de tê-lo como voz também. Queríamos uma cena fresh, crua e catchy. Uma onda mais ligeira e despreocupada. Just having fun no estúdio e transpor isso para o instrumental. Esse era o main goal nesta faixa.

Para alguém como tu, que já mostrou alguma sensibilidade para questões espirituais ou religiosas, gravar boa parte do disco em Los Angeles era uma necessidade? Sentiste uma energia diferente ao fazê-lo lá?

Sim, havia uma necessidade a nível de prazos e de processo criativo, mas acima de tudo foi uma oportunidade de criar em mais uma cidade icónica para mim (Lisboa, Londres, LA) com o produtor exclusivo do meu álbum, o Lhast. O meu manager decidiu marcar a viagem de um dia para o outro e eu fui. E sim, mais cultura e novas energias entraram em mim, for sure.

Para além de criar música, tiveste tempo para conhecer a cidade?

Não cheguei a fazer o roteiro todo. LA é enorme e o meu objectivo acima de tudo era o trabalho, mas do que conheci gostei praticamente de tudo. Sente-se aquele perfume da cidade dos sonhos, os concretizados e os desfeitos. Vi o quão perto as pessoas lá estão de conduzir um Ferrari e ao mesmo tempo de estarem na berma do passeio a dormir a meio do dia. Mas o que me levou lá, no fundo, não foi a cidade em si mas as pessoas que lá viviam, nomeadamente o Lhast e o Duda, com o Holly a juntar-se na ponta final. Essa é a melhor parte para mim. O convívio, a troca de ideias, experiências e sentir como eles vivem. Adoro essa parte. Ver how they move, how they eat, como se organizam, se divertem, etc. One love to them e obrigado do fundo do coração pela recepção.

Com seis milhões de visualizações acumulados em menos de meio ano na “Água de Coco”, parece que te estás a encaminhar para um reconhecimento que vai muito para além do hip hop. Achas que o projecto com o Lhast vai permitir que te estabeleças como um dos nomes mais credíveis de uma nova geração de músicos portugueses? É para aí que estás a apontar?

Sou sincero, a coisa que eu mais quero e que mais prazer me dá é que as pessoas tirem prazer real com a minha música. E falo mesmo do prazer real, que é o sincero, aquele mais enraizado em nós. Não o prazer intelectualizado, onde nos obrigamos, e aos outros, a gostar ou a desgostar de coisas porque elas possuem uma determinada característica, seja um defeito ou virtude, que rapidamente ofusca a experiência artística que é a real, a meu ver. Se isto acontecer e as pessoas gostarem mesmo do que faço tudo o resto se alinha, portanto é para aí que eu aponto. Não faço música pela credibilidade, nem pelas accolades. Embora as adore. Faço arte para que seja experienciada e só depois intelectualizada.

Estamos a chegar ao fim do ano, por isso acho que faz sentido reflectirmos um bocado sobre o que se passou com a Think Music. Lon3r Johny, Sippinpurpp e Mike El Nite juntaram-se à equipa e a TM entrou num anúncio da WTF: juntar várias “cores” à equipa e explorar outros caminhos, como é o caso da publicidade, estava nos planos? E esperavas que tudo isto acontecesse tão rápido?

Não costumo criar expectativas, mas o crescimento foi muito pronunciado este ano e estamos todos muito felizes com o nosso trabalho, e motivados para atacar 2019 com um sorriso. A Think é uma realidade e isso orgulha-me imenso. Queremos fazer cenas novas e abrir caminhos, abordagens e mentalidades. Obrigado a toda a gente que nos apoia diariamente e esperem um 2019 cheio de força (embora 2018 ainda não tenha acabado…)


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