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Fotografia: Sebastião Santana
Publicado a: 10/12/2019

Foi um ano preenchido para os autores de A Última Gota.

ORTEUM sobre “Sniper” com Sensei D.: “Não é uma colaboração isolada. Estamos em linha”

Fotografia: Sebastião Santana
Publicado a: 10/12/2019
ORTEUM e Sensei D. formam um quarteto inédito em “Sniper”. A faixa, que conta com a participação de DJ Ketzal, chegou na companhia de um videoclipe realizado por Sebastião Santana. Prenda de Natal antecipada por parte de um dos colectivos mais irreverentes do hip hop nacional. Em 2019, os ORTEUM criaram a sua própria editora, a RAIA, e inauguraram o catálogo com edição de A Última Gota, o primeiro álbum da crew que até à data apenas contava com duas mixtapes. “Sniper” foi um dos trunfos que Tilt, Nero e Mass utilizaram para se despedirem em grande estilo da última edição do Super Bock em Stock, na recta final de Novembro, e o tema encontra-se agora disponível para ouvir e ver no YouTube. Segundo o autor de ACC/CDM e Karrossel, Karma, esta não será uma colaboração isolada, antecipando, em conversa com o ReB, que os quatro criativos continuam a trabalhar em conjunto. Tilt fez ainda um balanço de 2019 e antecipou alguns dos planos para o próximo ano.

Mesmo depois d’A Última Gota não ficaram sem forças para voltar à carga, desta vez munidos de “Sniper”. O que é que esteve na vossa mira enquanto delineavam estes versos? O mesmo que sempre fazemos, sons de punchlines: os fakes, os hipócritas, os wacksEasy. O tema marca a vossa primeira colaboração com o Sensei D., uma parceria que já andava a ser antecipada há algum tempo nas redes sociais. É um “casamento” que faz todo o sentido em termos de estética e princípios que ambas as partes defendem dentro do espectro do hip hop. Como é que se deu a ligação? Nós já conhecemos o Sensei D. há muito tempo. Como dizes, e bem, temos muitas coisas em comum. E mais importante: temos um reconhecimento recíproco. Quando as pessoas gostam do trabalho umas das outras, é uma questão de tempo e disponibilidade até se materializar algo. Voilá! Este esforço conjunto não se ficará apenas pelo “Sniper”, presumo. Há algum outro plano de maior escala que esteja no vosso horizonte? Podemos esperar, talvez, um álbum ou um EP? Vamos fazer algo, sim. Talvez seja cedo para saber o formato exacto do projecto, mas sim, podemos dizer que não é uma colaboração isolada. Estamos em linha. Criaram a RAIA, lançaram o vosso álbum de estreia, tiveram o ano com mais concertos de sempre e abriram as portas da vossa plataforma para que outros artistas possam também ter uma ferramenta adicional para trabalhar. Foi também algo que vos obrigou a evoluir noutros aspectos, não necessariamente musicais. Que balanço fazem desta temporada de arranque do vosso mais ambicioso projecto até à data? Tem sido de loucos! Uma aprendizagem enorme, sem dúvida. Sentimos que estamos com uma base cada vez mais sólida, o que é essencial. O balanço é bastante positivo, nunca tivemos tanta exposição, tanto reconhecimento. E isto tudo sem alterar a direcção do nosso rap. Isso é um factor muito importante para nos sentirmos realizados. Dentro de poucos dias entramos em 2020. Que planos ou metas estabeleceram para ORTEUM e RAIA nos meses que se seguem a partir daqui? Bem… A verdade é que existiu muito trabalho ao longo do ano e poucos lançamentos. E isto por um lado até é bom: quer dizer que vamos estar bem preparados para os tempos que aí vêm. Estamos a trabalhar com muito pessoal talentoso, artistas que têm o nosso respeito e em quem confiamos para a elaboração e entrega de grandes projectos. Não queremos dar os nomes porque perde o factor surpresa, mas podemos adiantar algo que já foi dito noutras entrevistas ou através das nossas redes: temos o álbum de In3gah para o início de 2020 e o EP Sem Tirantes que junta o Nero, Amon e DJ Sims, também para o início do ano. E claro, ORTEUM vai continuar a fluir. O resto é segredo. Daqueles que valem a pena.
ORTEUM // A Última Gota

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