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Morreu o DJ, produtor e dinamizador da cena clubbing portuguesa Luís Costa, mais conhecido dentro das cabines por Magazino, vítima de leucemia.
Era 1994 e, com apenas 17 anos, Magazino estreava-se ao comando dos decks no Clubíssimo, em Setúbal, a cidade onde cresceu. Ainda chegou a entrar na faculdade mas a música acabaria por pesar mais na hora de decidir o futuro e, fruto do natural desenrolar da vida, acabou por se licenciar em “engenharia da noite”. Em 2008 é convidado para lançar alguma da sua própria criação sonora pela bloop recordings, selo discográfico fortemente orientado para as pistas de dança e produtora de alguns dos maiores eventos que combinam música electrónica com diversão nocturna, que mais tarde chegou a ser gerida pelo próprio artista.
Autor de sets exóticos, recheados de pérolas que encontrava no mercado dos discos de vinil, Luís Costa levou esta sua arte de contornar o óbvio até aos quatro cantos do globo e era ainda um nome recorrente nos cartazes das festas portuguesas. Gostava de passar períodos longos ao leme dos pratos e até entrou em despique consigo mesmo quando, em 2019, se comprometeu a comemorar os 24 anos de careira com uma maratona de 24 horas de música no Lisboa Rio, com vista a quebrar o seu recorde pessoal de 20 horas, alcançado em 2015.
Nesse final de 2019, a notícia de que sofria de leucemia impediu-o de se apresentar em palco para alcançar a ambiciosa marca e teve de esperar até ao passado dia 16 de Outubro para regressar aos DJ sets numa festa que decorreu na Piscina Olímpica do Restelo. Um par de dias antes, editou a sua própria biografia Ao Vivo, livro no qual partilha a história de uma vida regada a “sexo, drogas e música de dança” e que esteve em destaque no Rimas e Batidas através de uma entrevista levada a cabo por João Daniel Marques.
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