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Rumo a “Norte” com Mike El Nite. O autor de Inter-Missão volta a segurar o volante num novo single em que acelera em cima de um instrumental de Keslley, produtor que encontramos recorrentemente nos créditos das canções de Chico da Tina, e videoclipe de Irish Favério, realizador com quem já tinha trabalhado em “Type R“.
Esta carta de amor à região vem na sequência da sua mudança para o Porto e no seguimento da revelação de faixas como “Calafrio” ou a contribuição para “Quem Te Dera” de Ana Malhoa. Fomos falar com o rapper e produtor sobre estas alterações na sua vida e aquilo que podemos esperar para o futuro:
Para começar, gostávamos de perceber como é que chegas ao Keslley: foi por causa do trabalho com o Chico da Tina?
Conheci o Keslley pelo trabalho com o Chico e porque ao trabalhar com o Irish Favério na “Type R” falámos da nova geração de artistas do Porto. Assim que me mudei, fiz questão de conhecer o máximo de pessoas que achei estarem a fazer bom trabalho.
Falas do Norte como um sítio diferente para onde te vais acalmar, concentrar e cultivar. Esta paixão pela zona já vem de trás ou acentuou-se desde que foste viver para o Porto?
Já conhecia o Porto na óptica da vida nocturna, mas viver cá é uma experiência bem diferente, aumentou muito o meu gosto pela região. Estou com mais qualidade de vida no dia-a-dia, mesmo tendo em conta o contexto, e aqui à volta há tantas coisas incríveis para explorar que sinto que ainda tenho muita novidade por descobrir. Eu amo Lisboa, é o sítio onde nasci, mas 30 anos lá, e os últimos 10 a ver a transformação que aconteceu, deixaram-me com vontade de mudar de ares.
Imaginamos que esta mudança de ares te tenha trazido pessoas novas para o teu círculo de colaboradores. Há nomes (produtores, rappers e cantores) com quem andes a trabalhar mais ultimamente?
Sem dúvida, procurei isso desde o primeiro dia. Já haviam nomes que conhecia e que agora estão mais perto, como o David Bruno ou a Monster Jinx, mas estou a ligar-me a pessoal como o João Não, Lil Noon, Sien e, claro, Keslley, Canha, Ketaminado, Irish Favério. Cheguem-se à frente, quero conhecer e congregar o máximo que conseguir.
Para fechar, a pergunta da praxe: isto está pensado para ser incluído em algum projecto maior ou foi apenas pensado como um single solto?
Neste momento estou a desenhar um projecto maior. No entretanto, vou lançar coisas que façam sentido, também para reunir os meus ouvintes nas minhas plataformas, agora que já não estamos a fazer releases no canal da Think Music.
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