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Fotografia: Joanna Correia
Publicado a: 28/05/2023

O fim de uma saga dedicada a novas colaborações.

JÜRA sobre “querumtempo”:”É um desabafo sincero duma cabeça e coração cansados”

Fotografia: Joanna Correia
Publicado a: 28/05/2023

“querumtempo” é a última entrada numa trilogia de singles de JÜRA e chegou-nos na passada sexta-feira, dia 26 de Maio.

Iniciada em Fevereiro com “ameio“, esta saga de canções viu ainda acontecer um “milagre” antes de findar com o pedido de “querumtempo“. Num comunicado, a artista aponta para os seus últimos três temas como um novo desafio na carreira: “É o sair da minha bolha, cruzar de identidades.” Depois de se ter fechado com Miguel Ferrador (aka DØR) e FreeSoulBeats para a concepção do seu primeiro EP, JÜRA abriu as portas do seu universo para colaborar com outros artistas, juntando um novo nome à equação de cada um dos seus últimos singlesIcaro, Blaeckfull e agora NED FLANGER foram as milícias musicais que a ajudaram a manter-se firme na batalha de emoções que decorre dentro do seu peito e se materializou em som.

Com jüradamor a ter completado a primeira volta em torno do Sol no passado dia 20 de Maio, Joana Silva continua a colher os frutos de um início de carreira promissor, que a colocou na rota da nossa publicação ainda em 2021, quando concedeu a sua primeira entrevista ao ReB — dose que repetiu no ano seguinte, dias antes de editar o disco de estreia. Após uma nova (mas breve) troca de impressões a propósito do lançamento de “ameio”, voltámos a lançar-lhe algumas perguntas, aproveitando o encerrar de mais um capítulo na sua vida artística.



Desde a última vez que falámos apresentaste-te em nome próprio nos palcos do Hard Club e do Capitólio. Que memórias guardas destes concertos? Foram marcos importantes nesta tua caminhada?

Marcos importantes, sim, sem dúvida nenhuma. Foram noites inesquecíveis em que o amor se multiplicou mesmo. A dor se dividiu mesmo. Salas muito bonitas cheias de corações abertos a sentir, junto. Cria-se mesmo uma onda de amor, compaixão. Uma onda de empatia para com os nossos próprios sentimentos, e os dos outros. É uma energia muito forte. E muito boa. Sinto que o que fica pras pessoas é que vivemos todos uma experiência. Que se fizeram destas noites daquelas em que “tinhas que estar lá pra perceber”. E eu acho isso muito bonito.

Também passaste por Abrantes e Vila Franca de Xira, antes de regressares ao Capitólio para a primeira parte do espectáculo da Marina Sena. Nestas datas em que divides o protagonismo com outros artistas o desafio é acrescido? E como é que te tem corrido este período na estrada, no geral?

O desafio é acrescido, não por dividir o protagonismo com outros mas por estar a conquistar público que não conhece a minha música, nem nunca ouviu falar. É bonito, porque criam-se sempre novas relações e a disponibilidade do público faz com que a mensagem fique entregue duma forma profunda, porque é ainda mais direta. A estrada é linda de se viver, tenho uma equipa incrível, o que faz com que cada data seja uma celebração da nossa união. E eu adoro dar concertos. Cantar as minhas canções.

Tens agora um novo tema, “querumtempo”. Se ele fosse um filme e tivesses de escrever a sinopse para lermos na contracapa antes de o escutar, como o descreverias?

O dia-a-dia num loop. Um desabafo sincero duma cabeça e coração cansados. O desejo do silêncio que não chega porque as perguntas não se calam. E o coração, que quando sente, sente. E o faz sentir em tudo. A ele, que se foi, sem sair da minha cabeça.

Este single encerra a trilogia que iniciaste com o “ameio” e que teve ainda o “milagre”. Vês estas canções como extensões àquilo que já tinhas apresentado no teu EP de estreia, ou a JÜRA que entrou em estúdio para formular estas faixas já “‘tava noutra”?

Não vejo extensão em nada e vejo extensão em tudo, sabes? São tudo pedaços da vida, que como a vida têm sabores diferentes, pulsações diferentes. Mas há uma coisa muito forte que os une a todos: serem a minha verdade.

Agora que os três temas estão cá fora, porque é que as tuas escolhas recaíram sobre eles para dar vida a esta saga? Tinhas algum conceito em mente ou há alguma narrativa que os interligue de alguma forma?

Liga-os o facto de serem o resultado de 3 sessões fora de “casa”. O “ameio”, foi feito no Planta, mas foi a primeira vez que dividi uma canção minha, e o “milagre” e o “querumtempo” são colaborações com produtores com quem trabalhei pela primeira vez. É o que os une, a colaboração.

Findado mais um capítulo, já tens ideia do que se segue nos próximos tempos? Tens algum plano traçado?

Sim. Tenho mais vida traduzida em música pra partilhar e estou muito entusiasmada pra começar a viagem que será fazer o álbum.


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