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Fotografia: @carolinaisabelb
Publicado a: 30/03/2019

Depois de se estrear com Cara & Coroa no ano passado, o rapper açoriano projecta o lançamento de vários singles em 2019.

Fugitivo sobre “24/7”: “É o clássico de ires atrás do que queres”

Fotografia: @carolinaisabelb
Publicado a: 30/03/2019

Fugitivo tem novidades. “24/7” é o primeiro de vários singles que o rapper preparou para lançar este ano. Guesswho, seu habitual colaborador, fica responsável pela produção.

Natural de Angra do Heroísmo, Paulo Brito mudou-se para Lisboa depois de ter carimbado a edição do seu álbum de estreia Cara & Coroa no ano passado. O LP foi maioritariamente produzido por Guesswho, somando também contribuições a nível instrumental de REIS e Ems.

Na recta final de 2018, Fugitivo não se despediu do ano mais importante da sua carreira sem uma dose de “Remedy”, tema solto que acaba de conhecer o seu sucessor com este “24/7”: a faixa “motivacional” retrata o esforço de um artista que se considera “underrated” no seio do hip hop nacional.

Em conversa com o Rimas e Batidas, o MC fez um balanço do ano que passou, abordou os últimos lançamentos e revelou os seus objectivos para 2019.



Está prestes a fazer um ano desde que lançaste o Cara & Coroa. Olhando pelo retrovisor — e já com alguma distância para poder reflectir —, que balanço fazes desse álbum de estreia?

O balanço acaba por ser positivo. Foi o projecto mais importante da minha carreira, não só pela procura de qualidade e brio que impus em mim próprio, mas também pelas portas (pequenas ou grandes) que foram abertas. Em retrospectiva, e tendo uma análise o mais fria possível, acho que o álbum acabou por ser underrated, tendo em vista o resto do panorama nacional no ano passado. Digo-o sem mágoa, pelo contrário: até tem o efeito de chip on my shoulder, de querer fazer e mostrar mais.

Entretanto lançaste o “Remedy”, que encerrou as tuas contas para o ano de 2018. Que curativo era este que precisavas de servir aos teus seguidores?

A “Remedy” é um “Lado B”. Foi algo que fiz pouco tempo depois de lançar o álbum, sem a pressão de estar num projecto ou de ser um single. No final do ano revisitei-a, em termos de instrumental e mix, e decidi pô-la cá fora. É uma faixa simples e sentida e, pela reacção positiva que teve, penso ter ajudado algumas pessoas que acabaram por se rever nela. E se música não serve de terapia, não nos serve em nada.

Agora acabado de deixar a tua primeira marca em 2019, a “24/7” é-nos apresentado como resultado de um período que te levou a passar pelos Estados Unidos, Lisboa e Açores. De que forma é que essa bagagem pesou na criação do tema?

A “24/7” tem essa premissa muito simples: é o clássico de ires atrás do que queres, motivacional, mas sem entrar pelo cliché. A bagagem ganha pela passagem nesses sítios, tão díspares uns dos outros, foi uma lição em todos os sentidos, e a principal foi de que todo o hustle tem de ser consistente e positivo para cada um. O que não faltam são “campeões de sofá” no meio, que sentem que algo lhes é devido e que pela falta de acção, passam de criadores a comentadores. O over night acontece a poucos, e isso não tira mérito quando é o caso, mas os hustlers chegam lá com outro gosto. E eu espero poder chegar ao ponto de dizer isso mesmo na primeira pessoa, com os objectivos que tracei. A “24/7” é exactamente sobre isso.

Voltaste a contar com o Guesswho na produção dessa faixa. Têm passado tempo juntos a explorar novas sonoridades ou há ainda muito a dissecar no registo com que te apresentaste no Cara & Coroa?

Sim, temos explorado novas sonoridades. Apesar de, por me ter mudado para Lisboa, o processo agora seja feito à distância, continuamos a procurar, cada vez mais, novos caminhos por onde seguir no que toca a sonoridades. Nunca esquecendo a base e o fio contínuo apresentado no Cara & Coroa.

Estamos já mesmo na recta final do primeiro trimestre do ano e presumo que as tuas contas não se fiquem por aqui. Que planos traçaste para 2019? Há por aí mais singles, um projecto ou concertos no teu horizonte e que nos possas antecipar?

2019 vai ser mais um ano de “fome”. Nos planos estão uma série de singles, muito diferentes uns dos outros, que tenciono lançar ao longo de todo o ano. Quanto a concertos, temos tido contactos e mal houver novidades saberão.


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