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Texto: ReB Team
Fotografia: Tim Saccenti
Publicado a: 30/03/2022

Lisboa a acusar dependência de soluções artísticas alternativas.

Fly Anakin é o rapper de culto que se segue na agenda da Galeria Zé dos Bois

Texto: ReB Team
Fotografia: Tim Saccenti
Publicado a: 30/03/2022

NOTA: o concerto foi adiado para dia 3 de Junho.

Dá-se o início a mais uma chamada, desta vez para o dia 6 de Maio: a Galeria Zé dos Bois volta a ser epicentro de um sismo DIY rap, desta vez de magnitude Fly Anakin.

Aos 27 anos, o rapper de Richmond atingiu um pico inédito numa já considerável carreira. E se, no início, a explosão do seu talento dificilmente ultrapassava as barreiras de domínio local, o passa-palavra em maior escala típico da Internet foi, aos poucos, levando o seu nome a soar por esse mundo fora. Em 2019, ainda antes de ter assinado os seus trabalhos mais mediáticos até à data e, por isso, mais resguardado de vistas alheias, Frank Walton já tinha entrado na restrita lista de MCs que mereceram uma visita ao laboratório de Madlib — os resultados da parceria, apesar de tardarem, continuam a ser cuidadosamente delineados, conforme o rapper confirmou numa entrevista com a nossa redacção.

Mas não é só através da tradição oral que encontramos forma de detectar uma certa aura de divindade em torno de Fly Anakin. O seu incansável trabalho é também marco de uma capacidade quase sobre-humana, e o output criativo que lhe sai do estúdio parece só estar a aumentar à medida que os anos passam. Desde esse ano em que tirou a mítica foto ao lado do Beat Konducta, vimo-lo a assinar vários discos de elevado porte vocabular, onde a sua modernizada perícia na arte da rima contracena com o pó dos samples que lhe conduzem as batidas, em jeito de homenagem aos grandes nomes de culto do rap norte-americano que lhe serviram de influência. O mais recente, Frank, saiu no passado dia 11 de Março e veio coroar uma heróica jornada de lançamentos, na qual se incluem At the End of the Day ou Pixote, mas também FlySiifu’s e $mokebreak (ambos em parceria com Pink Siifu), entre muitos outros, a solo ou pela sua Mutant Academy.

O anúncio da estreia de Fly Anakin em solo nacional por intermédio da ZDB chega apenas um par de semanas após a mesma sala ter requisitado os serviços de Navy Blue (num evento reportado pelo ReB), outra das pérolas na nova geração rap dos EUA, e parece sugerir uma certa tendência nova desse espaço ao nível do booking. Imaginar gente como MIKE, Pink Siifu ou MAVI em palcos nacionais vai-se tornando cada vez menos numa miragem…


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