O Festival THEIA, que se distingue por celebrar o jazz no feminino, está de volta para a segunda edição. O evento vai decorrer entre 17 e 19 de Novembro no Centro Cultural da Malaposta, em Odivelas, com concertos, uma jam session, conferências e uma masterclass. A curadoria é da cantora de jazz Rita Maria.
“A grande novidade desta edição é uma residência artística com um noneto de instrumentação invulgar, onde se apresentarão obras inéditas, fruto de jovens e talentosas compositoras desafiadas para este propósito. Depois de uma primeira estreia no Theia, essas obras estarão disponíveis em formato fonográfico, sendo mais um legado para a música contemporânea experimental”, explica a artista organizadora em comunicado, sobre o projecto do Ensemble Theia.
O grande destaque será a participação da mexicana Fuensanta Mendéz, contrabaixista, cantora, compositora e poetisa. Vai actuar com o seu formato de Ensamble Grande e protagonizar a masterclass desta edição do Theia.
Vale a pena assistir ainda às performances de Inês Malheiro, com um projeto mais ligado à electrónica mais improvisada; dos Sepia, quarteto liderado por Débora King onde também se incluem Marta Rodrigues, João Hasselberg e Samuel Dias; ou de Mova Dreva, projecto dirigido pela pianista e cantautora Katerina L’dokova que funde elementos tradicionais da música do seu país, a Bielorrússia, com a linguagem do jazz.
As conferências do Theia, coordenadas por Beatriz Nunes, vão incidir sobre “Mulheres e Crítica Musical” (com a doutoranda em Ciências Musicais Ângela Portela e o editor da jazz.pt Nuno Catarino); “Mulheres e o Ensino da Música” (com o coordenador pedagógico da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas, Gonçalo Marques; e a production manager da organização educativa Tomorrow’s Warriors, Patrícia Pascal); e “Novas Publicações Sobre Música e Género” (com a doutoranda em Ciências Musicais Joana Freitas e a pianista e professora da Universidade do Indiana Monika Herzig).