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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 28/01/2022

Mais amarela do que nunca.

Emma-Jean Thackray lança EP com temas interpretados ao vivo

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 28/01/2022

Emma-Jean Thackray pegou em versões ao vivo de três faixas de Yellow e compilou-os num curta-duração. Yellower Vol. 1 saiu anteontem pela sua Movementt.

A edição do aclamado álbum de estreia da cantora, multi-instrumentista e compositora de Leeds foi acompanhada de perto pelo Rimas e Batidas, que em Julho dava conta de uma nova conversa entre Emma Jean e Rui Miguel Abreu e, já este mês, apresentava Yellow como quarto melhor disco de jazz internacional de 2021 através da coluna Notas Azuis.

Numa nota enviada para a nossa caixa de correio digital, a artista apontava o regresso dos espectáculos ao vivo como responsáveis por terem permitido que o seu primeiro LP renascesse em palco, onde a componente da improvisação e as sinergias entre os diversos músicos contribuem de forma orgânica para a mutação dos temas em tempo real.

“Quando eu toco ao vivo com a minha banda, a música ganha uma nova vida. Utilizamos tanta improvisação e existe tanta confiança entre nós que todos os espectáculos são algo de novo a partir do qual tudo pode acontecer. Nas minhas actuações, a minha música é apenas um mundo onde eles se podem expressar — uma prancha a partir da qual as suas personalidades podem mergulhar.”

De facto, e como pudemos comprovar aquando da sua passagem pelo Super-Sonic Jazz Festival, em Amesterdão, no passado mês de Novembro, o palco é habitat tão importante para a criatividade da trompetista quanto o estúdio tem provado ser:

“A trompetista fez um concerto deveras surpreendente, tomando a sua particular ideia de jazz como ponto de partida para uma deriva pelo universo do mais moderno som de clubes, oferecendo-nos uma declinação acústica mas ritmicamente assertiva do melhor som house que continua a emanar de Detroit, garage de Londres e R&B futurista de Los Angeles provando que o microfone e os seus dotes vocais são mais um útil recurso que pode juntar às suas já notáveis capacidades como instrumentista, produtora, engenheira de som, DJ e, claro, compositora e letrista.

Soando por vezes como uma diva garage dos anos 90, Emma-Jean brilhou enquanto desenrolava o reportório do seu belíssimo álbum de estreia de 2021, Yellow, interpretando daí temas como o belíssimo ‘Golden Green’ (‘my baby smells like biscuits. Biscuits and weed’), ‘Our People’ ou ‘Yellow’. Ladeada por um incrível baterista que entende como fazer uma versão orgânica do que normalmente se obtém programando uma MPC ou algo do género, e ainda por baixo, teclados (sobretudo Rhodes) e percussão, Emma-Jean foi parcimoniosa no seu trompetismo, mas expressiva com a voz que modulou e samplou em tempo real, criando espaços harmónicos nas canções de amplo efeito dramático. E foi verdadeiro maestro, voltando as costas ao público para realmente dirigir a banda, gerindo os tempos rítmicos como a verdadeira DJ que também é. Portugal precisa muito de a ver e ouvir.”

Ao que sugere o título, Yellower Vol.1 parece ser o início de uma nova saga de edições mais curtas por parte de Emma-Jean Thackray. O capítulo inaugural conta com três temas registados em momentos diferentes: “Say Something” (gravado no Later With Jools Holland), “Golden Green” (gravado no Pitchfork London Festival) e “Our People” (gravado no The Church Studios).


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