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É oficial. Leandro Roque de Oliveira, conhecido artisticamente como Emicida, está de regresso a Portugal. Só que, desta vez, o motivo do encontro não é uma digressão musical, mas uma experiência artística, científica e política temporalmente, mais prolongada e com objetivos mais amplos, que será acolhida pelo Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra. Pelo período de 3 meses, de 25 de julho a 21 de outubro 2021, o autor de AmarElo (2019) dinamizará uma residência artística marcada por uma agenda diversificada de eventos e iniciativas, desde palestras a intervenções artísticas, rodas de conversa a entrevistas.
A presença do músico e ativista em Portugal, meses depois da estreia do seu documentário AmarElo – É Tudo Pra Ontem, decorre das atividades e projetos coordenados pelo CES, designadamente a Universidade Popular Empenho e Arte, o Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Socais e os projetos de investigação KINDER e PARENT, coordenados por Tatiana Moura. Assim, o CES será o espaço de desenvolvimento de uma reflexão artística, científica e política transatlântica, que cruzará os caminhos da investigação académica e implicada, com os trilhos artísticos e políticos percorridos pelo músico de São Paulo, recentemente distinguido nos Prémios Play.
A residência é uma iniciativa piloto da “Residência Artística CES”, uma “cátedra insurgente” proposta em 2021 no âmbito das atividades da Universidade Popular Empenho e Arte (UPEA-CES) que, de acordo com o CES, “pretende criar um espaço emblemático de articulação entre investigação desenvolvida no CES e a criação artística com impacto público na promoção dos direitos humanos, na afirmação de vozes e linguagens negligenciadas pela cultura académica e no estreitamento de diálogos com os movimentos sociais na Europa e no Sul global”. O programa ainda não é conhecido, mas o caderno de encargos promete.
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