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Um dos mestres espanhóis da música electrónica de recorte ambiental tem duas datas já marcadas em território nacional: a propósito da nova edição do Misty Fest, Suso Sáiz actua a 6 de Novembro no Auditório de Espinho e no dia seguinte no Museu do Oriente, em Lisboa.
Nasceu em Cádiz em 1957 e foi-se fazendo músico através da aprendizagem (também formal) e execução de diferentes linguagens como a folk e o jazz, mas só em 1980 deu o primeiro passo significativo para uma carreira preenchida com a fundação, ao lado de Maria Villa e Pedro Estevan, da Orquesta De Las Nubes, grupo com o qual lançou três álbuns.
Depois de se voltar mais para o trabalho em nome próprio, as colaborações foram-se desdobrando: Javier Paixariño, Jorge Reyes e Steve Roach foram alguns dos nomes com que contracenou musicalmente — fez, por exemplo, Forgotten Gods (1993) com os dois últimos, projecto que lhes valeu prémios e inclusões de faixas em bandas sonoras (outra área em que deixou a sua marca).
Em 2016, a Music From Memory recolheu algumas faixas da sua discografia e editou-as numa antologia intitulada Odisea, algo que o trouxe para o presente. Rainworks, Nothing Is Objective e Between No Things (com Suzanne Kraft) foram outros lançamentos recentes pela editora holandesa, álbuns que alimentaram a vontade de uma nova audiência em vê-lo ao vivo — os concertos começaram a multiplicar-se, tendo até dividido o palco com o “nosso” André Gonçalves na edição deste ano dos Jardins Efémeros.
Em 2018, o Rimas e Batidas assistiu a uma actuação no contexto do WOS, festival que aconteceu em Santiago de Compostela, Espanha: “Foi desse material essencialmente que se fez a sua planante apresentação no espaço da igreja, com as notas da sua guitarra ultra-processada a criarem uma ambiência mágica, quase uma dimensão paralela para onde todos pudemos escapar durante alguns momentos.”
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