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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 02/09/2022

Uma narrativa diferente.

cktrl lança yield em Outubro

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 02/09/2022

“yield” antecipa um novo EP de cktrl com o mesmo título, cuja edição está marcada para o dia 28 de Outubro.

Bradley Miller é uma carta fora do baralho do novo jazz britânico. Tocador de clarinete e saxofone, não se quis ficar apenas pela instrumentação e aprendeu sozinho a dominar as artes da produção e do DJing. Depois de se ter estreado nas edições com um par de projectos assumidamente orientados para a cena clubbing, Forest e Misc/Azula, ambos de 2015, o seu som foi sofrendo alterações com o passar dos anos, levando a um registo cada vez mais “despido”, como se nota facilmente em Robyn, o curta-duração que lançou pela Touching Bass em 2020.

No ano passado, as batidas voltaram a desempenhar um papel importante nas suas criações, com zero a aproximá-lo de uma estética mais popular e, consequentemente, a valer-lhe uma maior atenção por parte de um público mais abrangente, bem como da imprensa da especialidade e dos programadores de festivais um pouco por todo o mundo. Quem tinha o músico inglês debaixo do seu radar era o ID_NOLIMITS, cujo cartaz da edição deste ano contemplou o nome de cktrl, para uma actuação sobre a qual nos debruçámos no âmbito da reportagem do certame. Dias antes desse concerto, concedeu a primeira entrevista à nossa publicação, já depois de termos analisado os seus dotes ao pormenor e de o termos visto em Amesterdão, pela mão do Super-Sonic Jazz Festival.

Em yield, o multi-instrumentista e compositor de Londres quer “mudar a narrativa em torno da música negra britânica contemporânea” ao descolar o seu som da componente eléctrica que hoje se manifesta em praticamente tudo aquilo que escutamos. Conforme revelou na conversa que teve com Rui Miguel Abreu, o EP foi gravado durante uma estadia de um mês e meio numa zona montanhosa da Jamaica e o seu som é amplamente afectado pela paz que por lá encontrou. Nas notas que acompanham a página reservada a yield no Bandcamp, cktrl abre ainda mais o jogo:

“Quero conseguir mostrar que é possível fazeres as coisas novamente a partir do nada e manter aquele sentimento e aquela beleza sem ter de recorrer a um sample de um disco antigo. Mesmo que isso seja uma forma de arte por si só, eu quero mostrar que consigo alcançar isso apenas com uma orquestração e instrumentação cruas.”


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